Considerando as relações de sexo/gênero como relações estruturantes, consubstanciadas com os conflitos de classe e raça, esse artigo tem como objetivo refletir sobre o impacto do desmonte das Políticas Sobre Drogas do Recife no acesso e permanência de mulheres exploradas sexualmente e que fazem uso de crack nos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Por estarem inseridas em um sistema patriarcal, sexista, proibicionista e classista, essas mulheres têm seus direitos ainda mais violados pelo crescente conservadorismo e criminalização das suas vidas e dos seus corpos. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, realizado através de pesquisa bibliográfica e documental, bem como pesquisa de campo.