Resumo Este trabalho investiga como a saúde de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTI) tem sido afetada no contexto da pandemia da covid-19, por meio da percepção de ativistas da sociedade civil organizada, no Estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. Realizou-se uma análise qualitativa, que reporta dados preliminares de um estudo maior sobre a Política Nacional de Saúde LGBTI. O levantamento foi feito entre maio e julho de 2020, com a aplicação de entrevistas realizadas online. O enfoque se deu sobre as percepções, as experiências individuais e coletivas de ativistas sobre a temática da saúde LGBTI, em meio ao atravessamento da pandemia da covid-19. Constataram-se efeitos sobre a mobilização comunitária; o acesso aos serviços de saúde; a saúde mental; e as situações de violência e proteção social. Conclui-se que as intervenções coletivas de pessoas LGBTI são fundamentais em contextos de crise sanitária e dão suporte à garantia do direito à saúde e preservação de políticas públicas a esta população.
Resumo: A profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) tem sido considerada uma estratégia fundamental para o controle da epidemia de HIV/aids, e desde 2018 tem sido objeto de estudo de implementação (Estudo ImPrEP Stakeholders), realizado no Brasil, no México e no Peru. Um componente qualitativo desse estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar os contextos sociais e estruturais que envolvem e organizam a oferta de serviços de PrEP no Brasil, as subjetividades dos atores envolvidos e as diferentes percepções que podem impactar a efetivação dessa estratégia. O presente artigo teve como foco de análise o acesso das populações vulneráveis aos serviços de PrEP, na perspectiva de gestores, profissionais de saúde, lideranças ou ativistas e usuários de PrEP. É um estudo qualitativo com o uso de metodologia compreensiva, realizado em seis capitais brasileiras, em que foram entrevistados 71 atores-chave no período de novembro de 2018 a maio de 2019. A análise foi pautada pelos modelos analíticos sobre acesso propostos por Giovanella & Fleury, McIntyre et al. e Penchansky & Thomas. Os resultados são apresentados com base em três eixos: “percepções sobre prevenção combinada e PrEP”; “disponibilidade e adequação: perfil e estrutura dos serviços no contexto do ImPrEP”; e “aceitabilidade: atitudes e práticas dos profissionais de saúde e usuários”.
Reincidentes en el cuidado, pero sin derecho a la prevención: un análisis de la oferta de la profilaxis posexposición sexual al VIH en Porto Alegre, Brasil 'Repeat offenders' in care, but with no right to prevention: An analysis of the availability of postexposure prophylaxis for HIV in Porto Alegre, Brazil RESUMEN Buscamos identificar los desafíos para la implementación de la profilaxis posexposición sexual al VIH, a partir de analizar el accionar de las y los profesionales de la salud en un servicio de salud pública en Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Desde un enfoque cualitativo, con técnicas de observación etnográfica y entrevistas en profundidad, se encontró que los factores contextuales, organizacionales e individuales eran desafíos para implementar la profilaxis posexposición sexual al VIH. Las barreras para su implementación incluyeron el contexto histórico de la estructuración y la actuación del servicio, la falta de capacitación y/o educación continua en salud, y las concepciones de las y los profesionales de la salud (ideas sobre la estrategia en sí, y sobre las personas que buscan PEP). Se concluye que existe la necesidad de mayor atención al universo de servicios especializados en ITS/VIH/sida y a las y los profesionales que componen estos servicios, a fin de garantizar una mayor efectividad en el acceso a la estrategia a nivel local.ABSTRACT This study seeks to identify challenges in the implementation of post-exposure prophylaxis for HIV, based on an analysis of actions taken by healthcare professionals in the state-run health sector in Porto Alegre, Brazil. Based on a qualitative approach that included ethnographic observations and in-depth interviews, we found that contextual, institutional, and individual factors represented challenges to the implementation of postexposure prophylaxis for HIV. Barriers to implementation included the historical context structuring healthcare services and practices, the lack of training and/or continued education in health, and certain attitudes on the part of healthcare professionals (ideas regarding both the strategy itself as well as the individuals that seek PEP). We conclude that there is a need for greater attention to specialized services for STI/HIV/AIDS as well as the professionals that provide these services, in order to guarantee greater effective access to this strategy at the local level.Esta obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional. Reconocimiento -Permite copiar, distribuir y comunicar públicamente la obra. A cambio, se debe reconocer y citar al autor original. No Comercial -Esta obra no puede ser utilizada con fi nalidades comerciales, a menos que se obtenga el permiso.
O presente trabalho constitui um relato de experiência sobre a atuação de pesquisadores durante a execução do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde – PNASS, entre julho e setembro de 2015, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O PNASS consiste num programa de avaliação da eficácia de estruturas, processos e resultados relacionados ao risco, ao acesso e à satisfação dos usuários frente aos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A metodologia do PNASS consistiu numa abordagem quantitativa, por meio da aplicação de um Roteiro de Itens de Verificação (RIV), previamente testado, no qual foram avaliadas as seguintes dimensões dos estabelecimentos: a) estrutura; b) processos de trabalho; c) resultados relacionados ao risco; e d) satisfação dos usuários em relação ao atendimento recebido. Dentre as principais percepções extraídas durante a aplicação do RIV nos estabelecimentos públicos de saúde encontram-se: a) a ausência de uma cultura de avaliação; b) dificuldade para os estabelecimentos atingirem as metas do Ministério da Saúde; c) tensão entre as normas pactuadas e os contextos locais e; d) a possibilidade de atualização das práticas cotidianas por meio das políticas de avaliação. A partir da experiência da equipe na execução do PNASS, conclui-se que, embora haja uma cultura incipiente de avaliação dos serviços públicos de saúde, o PNASS pode contribuir para a melhoria da gestão e dos processos de decisão dos estabelecimentos visitados, e na qualidade serviços prestados à população em saúde pública.
Neste artigo buscamos apresentar que os(as) gays, apesar de historicamente invisibilizados, patologizados e/ou criminalizados, se constituem de agentes importantes na produção do espaço geográfico. Após uma breve historicidade sobre a questão homossexual no Ocidente e o estado da arte da discussão desta temática na Geografia, buscamos sintetizar os dados disponíveis sobre esta população no Brasil na saúde e na demografia. A partir de mapas, discutimos como o fato urbano-metropolitano é importante para a compreensão da realidade gay do Rio Grande do Sul e provocamos sobre a necessidade de trazer à tona, na Geografia, o debate sobre as LGBT, removendo estes grupos da invisibilidade e de forjar novas interpretações sobre produção do espaço e da dinâmica urbana-metropolitana, exaltando a necessidade de ampliar a coleta de dados nos sistemas de informação existentes.
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