Resumo Qual é a conveniência do funk? Deve o funk ser útil para poder ser aceito como cultura? Muitas vezes discursos que buscam apresentar o funk como uma prática cultural legítima recorrem a sua suposta utilidade. Duas leituras se destacam. O funk serviria para retirar crianças e jovens do "mundo do crime" ou seria uma lucrativa forma de economia criativa. Este artigo desafia tais leituras sem, no entanto, negar a utilidade do funk. Contudo, não se trata apenas de instrumentalidade, mas de uma forma de gerar capital existencial mobilizada coletivamente e de maneira afetiva. Assim, além de contribuir para a criação de capital cultural, econômico e social, utilizado por indivíduos em suas lutas e competições dentro de campos específicos, o funk seria também mobilizado através de comunidades afetivas.
In this article, we consider the audio-visual production carried out by black women in Brazil since the second decade of the 21st century. Our objective is to propose a reflection, adopting an intersectional approach, on how an oppositional gaze creates images that break with racist stereotypes and challenge whiteness (hooks, 1992). We argue that the production of black women in Brazil questions the reproduction of institutional racism and digs deeper into the issue of colonial past. They create a narrative dispute that the oppositional feminine gaze imposes on the film industry.
Este artigo apresenta reflexões sobre os usos da música do baile funk na educação e na ação social, especialmente na educação antirracista. Será considerado o poder da música através de fundamentação teórica-metodológica com referenciais da educação antirracista (GILBORN, 2007; GILROY, 2001; GOMES, N. 2017) e do campo das Ciências Sociais (DENORA, 2003; HENNION, 2001; PRIOR, 2011). Utilizaremos também ferramentas oriundas da análise crítica do discurso, de Van Dijk (2001). A análise efetuada abre espaço para que seja possível pensar o funk não apenas na educação, mas também na luta antirracista, onde se faz necessário refletir melhor sobre as noções de cultura e identidade a partir de uma perspectiva crítica. Como estes termos são frequentemente mobilizados no pensamento sobre a música, este enfoque crítico é crucial para compreender como a música do baile funk pode ser parte de uma educação antirracista. A proposta parte de uma análise da música em ação. Será considerado também como a prática da educação antirracista ainda encontra resistências, disputas e ambiguidades em sua construção.
This work analyzes two class actions contesting the racial violence of Rio de Janeiro’s state police during operations in majority black neighborhoods, assessing both the narratives and social mobilization denouncing black genocide and the role of legal thinking in deviating or denying racism. The analysis of this case reveals that, on the one hand, spatial, racial and juridical structures - established by the racial colonial project and perpetuating in the legacy of racial slavery - create the conditions for genocidal acts to be produced as a long-lasting process. While on the other hand, legal knowledge sustains the “intent to destroy, in whole or in part” a specific group, which is fundamental to the crime of genocide. Considering that black genocide results from institutional racism, the conditions allowing it to happen are not just associated with intent. Black genocide is implemented through the normal functioning of justice institutions, as we discuss in the case study. In this context, black death is central to sustaining power relations, normalized by the use of racial stereotypes for the racialization of space, creating zones of dehumanization as criminality. Denialist discourses use this condition in perpetuity, to normalize genocide and extra-judicial killings. Nonetheless, the concept of institutional racism enables us to understand that genocide can also result from day-to-day decisions taken by politicians, legal professionals, and institutions.
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