ResumoO presente artigo tem como proposta analisar as trocas culturais efetuadas entre negros fugidos e indígenas no interior do Quilombo Grande. A partir da reflexão combinada de documentos oficiais sobre as expedições organizadas contra o quilombo (1770 e 1795) e o estudo etnográfico realizado por Max Schmidt acerca dos indígenas Pareci-Cabixi, intentamos desvelar os constantes contatos entre aquilombados e povos indígenas da região, com o fim de se preservar a liberdade conquistada com a fuga da sociedade escravista.Palavras-chave: Quilombo Grande; PareciCabixi; trocas culturais.
AbstractThis article aims to analyze the exchanges culture made between runaway black and indigenous inside the Quilombo Grande. From the combined reflection of official documents about the expeditions organized against the quilombo (1770 and 1795) and the ethnographic study by Max Schmidt about Pareci-Cabixi indigenous, we intend to show the constant contacts between marrons and indigenous people from region, with the goal to preserve the freedom won with the escape from slave society.
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O presente artigo é uma reflexão acerca das analogias entre a literatura contemporânea da escravidão no Brasil e colonialismo na África, à luz da produção historiográfica. Inicialmente, é desenvolvida uma discussão sobre as possibilidades de mobilidade dos sujeitos – colonizado e escravizado – no interior dos respectivos sistemas. Na sequência, o debate em torno das possibilidades de liberdade individual e remodelação do sistema escravista/colonial, a partir das considerações do norte-americano Frederick Cooper, de Giovanni Levi e dos brasileiros João José Reis e Eduardo Silva. Por fim, o artigo faz uma reflexão acerca do emprego da categoria “resistência” para a elucidação de tais processos históricos.
Este estudo visa analisar a abordagem da líder quilombola Tereza de Benguela em fontes oficiais, a saber, as memórias do provedor da Fazenda Filipe Coelho e a narrativa dos Anais de Vila Bela de Santíssima Trindade, ambas escritas na década de 1770. Nelas, é possível observar uma abordagem depreciativa marcada por inconsistências. A fim de entender tal tratamento, inicialmente, delinearemos um panorama da escravidão no oeste luso-brasileiro. Posteriormente, apreciaremos as fontes comparando-as com outros documentos e pesquisas.
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