O presente artigo propõe analisar as políticas e as iniciativas nacionais relacionadas com a produção, a pesquisa e o desenvolvimento de etanol de segunda geração (E2G) no Brasil. Utilizando a Teoria Ator-Rede como referencial teórico e metodológico, buscamos identificar, a partir de levantamento bibliográfico e documental, quais são as políticas imbricadas com o E2G, os principais atores que fazem parte dessa rede, suas alianças, as tecnologias relacionadas e as principais questões envolvidas nesse processo. Ao mapear essa rede e acompanhar suas controvérsias, tentamos demonstrar como o E2G ainda é uma caixa-preta aberta a associações de atores humanos e não humanos, políticas e (in)definições. Por fim, apontamos as implicações desse artefato com as políticas relacionadas, buscando contribuir com o debate atual sobre a política energética e a ciência e a tecnologia brasileira.
Resumo: Este artigo tem como objetivo fazer uma análise das dimensões políticas e sociais das pesquisas em células a combustível e uso energético do hidrogênio no Brasil. Esta pesquisa é um estudo de caso sobre o Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (Ceneh), centro público de pesquisa e consulta em tecnologias relacionadas ao hidrogênio e células a combustível. Como referencial teórico, partimos da sociologia da ciência, em especial a Teoria Ator-Rede de Bruno Latour e Michel Callon, com a qual pudemos identificar os diversos atores sociais envolvidos nas pesquisas nesta área, suas ações, relações e tensões, assim como o panorama social e político em âmbito nacional e internacional relacionado às células à combustível.Palavras-chave: células a combustível, hidrogênio, Ceneh, sociologia da ciência. IntroduçãoH oje em dia presenciamos um aumento das preocupações com o meio ambiente, o aquecimento global e a busca de desenvolvimento sustentável nas agendas políticas da maioria das nações. Um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento sustentável nos países industrializados é o uso do petróleo como principal fonte energética. Por essas e outras razões, muitos países, incluindo o Brasil, têm buscado novas alternativas energéticas.A maior parte da matriz energética brasileira (mais de 60%) provém de combustíveis fósseis, sendo o petróleo a principal fonte de energia. O uso dos derivados do petróleo responde por cerca de 42% de nossa matriz, e o setor veicular é responsável por cerca de 50% deste total (MME, 2010). Porém, este setor é um dos principais aliados do uso das células a combustíveis e do hidrogênio. Este, por ser um elemento livre de carbono quando utilizado para fins energéticos através das chamadas células a combustível (dispositivos eletroquímicos que convertem o hidrogênio em eletricidade), não produz tantos resíduos nocivos ao meio ambiente. Além disso, uma grande vantagem do hidrogênio é que ele pode ser obtido através de inúmeras fontes, desde fontes fósseis tradicionais, como petróleo e gás natural, até fontes renováveis (até mesmo da água), na qual a emissão de gases de efeito estufa é menor.
A Inteligência Artificial Generativa tem despertado grande interesse na população, e o ChatGPT é um exemplo notável desse fenômeno, devido à sua ampla cobertura midiática. Entretanto, ao analisarmos as principais controvérsias em torno da versão 3.5 do ChatGPT, fica evidente que a ausência de referências confiáveis é um problema alarmante. Em alguns casos, a ferramenta gera informações imprecisas ou falsas, que alguns autores chamam de 'alucinações'. Este artigo foca na problemática das fontes e referências, que o ChatGPT frequentemente não fornece e, em alguns casos, até falsifica. Com a crescente disseminação do uso da ferramenta, a questão da falta de fontes e ou referências pode se tornar ainda mais grave. Os usuários podem considerar o ChatGPT como um oráculo infalível, aumentando sua confiabilidade pelo simples hábito de uso. Nesse sentido, analisamos esse comportamento à luz do conceito de Duplo Clique, presente na obra 'Investigação sobre os modos de existência: Uma antropologia dos modernos', de Bruno Latour. Abordando a ignorância das mediações durante o processo de conversação (saídas) com a IA e seus possíveis efeitos para a sociedade, caso acreditar cegamente em saídas com falta de referências (um duplo clique) se torne um hábito.
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