Resumo: Este trabalho objetiva investigar duas questões no plano das ressonâncias entre Simondon e Deleuze. A primeira diz respeito aos elementos conceituais que dispomos para pensar a individuação psíquica e coletiva, isto é, os modos de produção de subjetividade implicados com a processualidade dos acontecimentos. A segunda diz respeito às linhas de força que desenham os processos subjetivos desencadeados nos encontros entre homens, meios e objetos técnicos. No movimento de aproximação entre as questões, deriva-se a pergunta pela problemática da individuação psíquica, coletiva e maquínica. Neste sentido, o artigo trabalha algumas articulações entre objetos técnicos e cultura, entre tecnologias e máquinas, propondo, ainda, uma análise do vídeo de Chris Cunningham (1999), em parceria com a cantora Björk, intitulado 'The Erotic Life of Machine'.Palavras-chave: Individuação, Máquina, Deleuze, Simondon, Tecnologia.Abstract: This paper aims to investigate two issues in terms of resonances between Simondon and Deleuze. The first concerns the conceptual elements that we have to think about the psychic and collective individuation, i.e. the subjectivity production pathways involved with the processuality of events. The second refers to the power lines that draw the subjective processes triggered by meetings among men, means and technical objects. From the approach move between the issues derives the question by the problematic of psychic, collective and machinic individuation. This way, the paper deals with some links between technical objects and culture, between technology and machinery, proposing even a Chris Cunningham video (1999) analysis, in partnership with the singer Björk, entitled "The Erotic Life of Machine".
ResumoGenealogias da Alegria tem por objetivo rastrear conceitos e construir planos sobre os quais podemos pensar a alegria como campo problemático. Trata-se de traçar linhas e acoplar fragmentos históricos e literários com a finalidade de subsidiar a discussão contemporânea em torno da alegria. O procedimento genealógico vale-se de trechos das obras de Calímaco e Luciano de Samósata, da elegia erótica romana e da alegria cristã. O passo seguinte consiste em rastrear o pensamento da alegria na obra de Gilles Deleuze, especialmente em três momentos: uma passagem de Diferença e Repetição, um trecho dos Diálogos extraído de Da Superioridade da Literatura Anglo-americana e a comunicação Pensamento Nômade no Colóquio de Cerisy. A alegria não se define como sentimento ou emoção; ao contrário, está ligada à premissa de afirmação da vida e ao caráter trágico da existência.Palavras-chave: genealogia; alegria; vida; Nietzsche; Deleuze. AbstractGenealogies of joy aim to track concepts and build plans based on which joy can be considered a troublesome field. They consist of drawing lines and joining historical and literary fragments so as to work as the foundation of the contemporary discussion about joy. The genealogic procedure is supported by excerpts from Calimacus' and Lucian of Samosata's works, by Roman erotic elegy, and by Christian joy. The next step consists of tracking the thought of joy in Gilles Deleuze's works, especially three texts: a passage from Difference and Repetition, an excerpt of the Dialogues extracted from On the Superiority of AngloAmerican Literature, and the communication Nomad Thought in the Cerisy Colloquium. Joy is not defined as a feeling or emotion: on the contrary, it is related to the principle of affirmation of life and to the tragic nature of existence.
O objetivo do verbete é problematizar a ideia de alegria através de um dia e uma noite na vida de um adolescente imaginário. A alegria é algo experimental e se define pela singularidade, impessoalidade e incomunicabilidade. Os exemplos da literatura e da clínica favorecem um pensamento da alegria. No texto, trabalhamos com os conceitos de sentido, sensação e beatitude, alegria elevada à sua potência máxima. Do ponto de vista da experiência, a alegria é absolutamente dependente dos processos de produção e criação. Se não podemos reduzir a alegria a um objeto específico, visualizamos suas expressões nos campos estéticos, clínicos, éticos e políticos.
Os medicamentos estão presentes no cotidiano de pessoas e sociedades de uma maneira inédita no âmbito da cultura. Do ponto de vista da economia, produção, circulação e consumo cresceram massivamente e integram de maneira decisiva os fluxos financeiros produtivos e rentistas que atravessam o planeta. Do ponto de vista das subjetividades, e enquanto objetos tecnológicos, eles atendem às demandas dos processos saúde doença, contribuem para a melhoria de diferentes performatividades humanas e ainda alimentam o sonho do melhoramento e da felicidade. Com o objetivo de problematizar o lugar cultural e tecnocientífico dos medicamentos, este artigo percorre trabalhos de Madeleine Akrisch, François Dagognet, Philippe Pignare e Ronald W. Dworkin, que os abordam em diferentes perspectivas. Na sequência, discute os processos de medicalização e biomedicalização em curso nos dias atuais, destacando as questões do sujeito cerebral (Alain Ehrenberg), do self neuroquímico (Nikolas Rose), e do lugar atual da psicologia cognitiva. Em contraponto, retoma a figura do monstro, tal como abordada por Michel Foucault, para ativá-la como categoria da imaginação, da anomalia e da singularização, multiplicando os horizontes éticos que se colocam para a pesquisa conjunta entre tecnociências e subjetividades.
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