A Doença de Chagas (DC) é considerada uma antropozoonose de ocorrência em região tropical, causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Segundo a OMS, é uma doença negligenciada, onde existem cerca de 8 milhões de indivíduos infectados, sendo 28 mil casos/ano de registros de incidência e 12 mil óbitos/ano. No Brasil, foram registrados 1.156.821 no ano de 2010. O objetivo foi avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com DC aguda e a prevalência brasileira da doença nas últimas duas décadas. Estudo documental, retrospectivo, histórico, a partir da extração de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS, oriundos do formulário “Sistema de Informação de Agravos de Notificação” (SINAN), entre o período de 2001 a 2018, dividido em dois segmentos: primeira década (2001-2010) e segunda década (2011-2018), possibilitando comparações entre os subperíodos temporais. Durante o período analisado, 5.184 notificações de DC aguda (288 pacientes/ano) foram registradas, sendo a região Norte a mais frequente do país. O sexo masculino, pardo e adultos jovens são os perfis mais prevalente entre os infectados. A variabilidade dos dados de prevalência da doença em demais estudos demonstra a limitação dos achados epidemiológicos e a presença de um silêncio epidemiológico. Acredita-se que esse dado seja muito maior na realidade da prática médica, devido aos casos de subnotificações. Dessa forma, se mostra necessária medidas preventivas e de monitorização epidemiológica dos casos confirmados e suspeitos, afim de que haja controle de possíveis focos vetoriais e outras formas de infecção.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada da pressão arterial (PA). A aferição correta da medida da PA é assegurada pelas condições adequadas de funcionamento do esfigmomanômetro e pelo emprego da técnica correta. O presente teve como objetivo avaliar as condições de uso dos aparelhos de medida da PA e evidenciar o nível de conhecimento técnico a respeito do assunto no meio acadêmico de uma universidade privada do estado do Rio de Janeiro. Realizou-se um estudo observacional-transversal de prevalência através de questionário online, entrevistando 432 estudantes do 1° ao 12° período que responderam a 9 perguntas múltipla escolha sobre condições de uso e manutenção dos aparelhos. Sobre o ano em que adquiriam o esfigmomanômetro, 416 alunos (96,2%) responderam se lembrar do ano de compra; sobre a manutenção do aparelho, 389 alunos (90%) responderam que, desde que o adquiriram, este não foi calibrado. Questionados sobre orientações quanto à necessidade de calibração, 264 estudantes (61,1%) disseram nunca ter sido orientados, enquanto 168 (38,9%) disseram já ter recebido essa orientação. No que tange aos possíveis impactos da não calibração, 181 (41,9%) afirmaram conhecimento e 251 (58,1%) disseram não saber dos impactos relacionados ao uso de aparelhos descalibrados. Constatou-se a necessidade de que sejam inseridos, nos ambientes estudantis e hospitalares, alertas e estratégias para manutenção a longo prazo desses aparelhos, a fim de que os critérios estabelecidos pelo INMETRO sejam cumpridos.
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