Our findings indicate a small deterioration for a global QoL status, and large deterioration for cognitive function after radiation treatments, as well as worsening of brain metastasis related symptom items. Further research is necessary to refine treatment selection for patients with brain metastases, since it may at least contribute to the stabilization of their QoL status.
Introdução: O cancro do pulmão (CP) é a neoplasia com maior incidência em todo o mundo e a primeira causa de morte por doença oncológica a nível mundial. O atual standard of care para o CP estádio III é a radioterapia (RT) concomitante com quimioterapia (QT) com dupleto de platina. Apesar da idade média ao diagnóstico ser cerca de 70 anos, o tratamento ideal nos idosos neste estádio, não está ainda completamente estabelecido, por se tratar de um subgrupo de doentes raramente incluídos em ensaios clínicos. Assim, o valor da quimioradioterapia (QRT) nos idosos é ainda pouco claro. Objectivos: Caracterização dos doentes com CP submetidos a QRT, comparação dos subgrupos com idade <65 (grupo A) e ≥65 anos (grupo B) com análise de fatores de prognóstico, sobrevivência global (SG) e sobrevivência livre de progressão (SLP). Material e métodos: Estudo retrospectivo, observacional e unicêntrico que incluiu os doentes com CP submetidos a QRT num hospital português durante 10 anos (2007 -2017). Análise estatística efetuada no programa SPSS v25, utilizando o teste de Kaplan‑Meier para análise de sobrevivência. Valores de p≤0.05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: Foram incluídos 97 doentes (idades 39 -78 anos), 57 no grupo A e 40 no B. Não foram registadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos a nível de género, performance status, subtipo histológico, estadiamento TNM, comorbilidades, fracionamento e dose de RT, número de ciclos de QT e toxicidade à terapêutica. A única diferença constatada foi relativamente aos fármacos utilizados (p=0.0387), predominando a utilização de cisplatina e vinorrelbina no grupo A (59.6%) e carboplatina e paclitaxel no B (60.0%). Houve ainda diferença na SG (37.1 vs. 27.2 meses; p=0.0449), mas não ao nível da SLP (25.2 vs. 17.2 meses; p=0.0899). Quando avaliado o valor prognóstico, nenhum dos fatores se revelou significativo no grupo B, registando -se apenas uma tendência no número de ciclos de QT (p=0.056). Conclusão: A QRT pode ser uma opção segura e eficaz nos doentes idosos com bom performance status. São necessários estudos que incluam doentes idosos e a sua avaliação de forma dirigida, nomeadamente através dos instrumentos geriátricos desenvolvidos para o efeito.
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