A meus pais, Carlos Magno e Ana Lúcia, bússolas em todos os caminhos tortuosos pelos quais esta pesquisa me levou, por me lembrarem constantemente que mais importante do que saber onde chegar é não esquecer de onde parti. A João Adolfo Hansen e sua ironia, por me mostrarem que, sem medo nem esperança, é possível chegarmos a algum lugar, quando em boa companhia. A Marta Maria Chagas de Carvalho, por generosamente aturar minhas visitas de quinze minutos que duravam a tarde toda. A Jaime Ginzburg, pela intervenção certeira e solidária no momento de maior crise deste processo. A Rogério de Oliveira Bernardo e Isabela Andrade, por resistirem à aridez do tempo. A Paulo Segundo, Renato Razzino, Luiz Melques e Rafael Rocca, pela amizade incansável durante todos esses anos, e pelo ouvido que tantas vezes me emprestaram. A Murilo Marcondes, pela solidariedade no início deste projeto. A Gustavo Rubim, Anabela Gonçalves e Carolina Vilardouro, do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, por me receberem tão carinhosamente em Lisboa.
O autor anônimo da "Sátira geral a todo o Reino, e governo de Portugal" recorreu ao famigerado nome daquele homem que, segundo Manuel Pereira Rabelo, em Vida do excelente poeta lírico, o doutor Gregório de Matos e Guerra, morreu em 1696 em Recife, onde vivera os derradeiros anos de uma vida desvairada. Ressuscitado na mesma cidade em 6 de agosto de 1713, compôs quarenta décimas de dez redondilhos maiores ou versos de sete sílabas, ordenados em grupos de quatro, três e três. Em geral, os quatro primeiros funcionam como apresentação de um tema e considerações sobre ele; os três ou quatro seguintes o amplificam; os três últimos, às vezes os dois últimos, concluem. Por exemplo, a estrofe 1: Apresentação Um reino de tal Valor e de povo tão honrado é justo seja louvado desde o vassalo ao Senhor. Desenvolvimento Inda que fraco orador a verdade hei de dizer, e cada qual recolher pode, aquilo que lhe toca Conclusão Inda que diga, o provoca uma imitação real Este é o bom governo de Portugal.
Este ensaio propõe uma reflexão em andamento sobre os mecanismos que a historiografia literária e a filologia/crítica textual empregam desde o século XIX para construir autores coloniais nas letras latino-americanas. Enquanto reflexão em andamento, não busca propor respostas definitivas, mas defender a pertinência de algumas perguntas para as quais apenas podemos oferecer respostas parciais no atual estado de nossa pesquisa. Trata-se de um convite à reflexão sobre temas que muitas vezes passam batido na atividade crítica. Palavras-chave: Autor, Letras Coloniais, História, Filologia, Ensaio. Caio Cesar Esteves de SouzaRecebido em: 30/mai./2019 Aprovado em: 23./jul./2019 | https://seer.ufs.br/index.php/revec REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | São Cristóvão (SE) | v. 4 | n. 12 | p. 99-110 | Set. Dez./2018 100 | Caio Cesar Esteves de Souza REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | São Cristóvão (SE) | v. 4 | n. 12 | Set. Dez./2018 | p. 99-110 | https://seer.ufs.br/index.php/revec BUILDING A COLONIAL AUTHOR IN LATIN AMERICA ABSTRACTThis paper intends to propose a series of ongoing reflections about the mechanisms literary historiography and philology/textual criticism employ since the broad nineteenth century to build concepts of Colonial authors in Latin-American letters. As part of an on-going research, this paper does not intend to establish definitive theses, but to demonstrate the pertinence of some questions to which I can only offer partial answers at this point of my research. It is an invitation to taking some themes into consideration, which otherwise may not receive much attention in everyday critic activity. CONSTRUYENDO UN AUTOR COLONIAL EN AMÉRICA LATINA RESUMENEste ensayo propone una reflexión en progreso sobre los mecanismos que la historiografía literaria y la filología/crítica textual emplean desde el siglo diecinueve para constituir auctores coloniales en las letras latinoamericanas. Como es una reflexión en progreso, este ensayo no intenta proponer respuestas definitivas sobre el tema, sino que defender la pertinencia de algunas preguntas para las cuales todavía no puedo ofrecer que respuestas parciales en el actual estado de mi investigación. Se trata de una invitación a la reflexión sobre temas que muchas veces pasan desapercebidos en la actividad de la crítica literaria. Palabras-clave: Auctor, Letras Coloniales, Historia, Filología, Ensayo. CONSTRUINDO UM AUTOR COLONIAL NA AMÉRICA LATINA | 101 REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | São Cristóvão (SE) | v. 4 | n. 12 | Set. Dez./2018 | p. 99-110 | https://seer.ufs.br/index.php/revec O AUTOR Caio Cesar é É doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) e desenvolve atualmente, na Harvard University, um segundo doutorado
Nesta resenha crítica, pretende-se mostrar a relevância do conto “Teoria das Cores”, presente no livro Os Passos em Volta, de autoria do português Herberto Helder, para a reflexão sobre o papel do artista, da arte e do leitor no mundo moderno e contemporâneo. Pretendemos mostrar a solução que o autor apresenta de forma engenhosa para esses questionamentos, com seu alto poder de síntese
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