RESUMO Tendo em vista que o desempenho acadêmico é um dos fatores associados ao bom prognóstico no Transtorno do Espectro Autista (TEA), este estudo avaliou diferentes aspectos cognitivos da leitura em oito meninos com TEA, entre 10 e 13 anos (M=10,87; DP=1,12), de escolas públicas e privadas. Avaliou-se o reconhecimento de palavras (TCLPP II), a fluência (TFL) e a compreensão de leitura (TCCL), bem como o Quociente de Inteligência (QI) Estimado (Vocabulário e Raciocínio Matricial do WASI). Os resultados demonstram frequência maior de desempenhos abaixo da média em compreensão de leitura e maior frequência de desempenhos na média tanto no reconhecimento de palavras quanto na fluência de leitura. Em relação ao tempo nas tarefas de fluência e compreensão, houve maior frequência de classificações na média. Não houve correlação significativa entre Vocabulário do WASI e o QI com os testes de leitura. Entretanto, houve correlação positiva, significativa e de alta magnitude entre reconhecimento de palavras com os escores em fluência e compreensão. Uma tendência de magnitude moderada foi observada entre essas duas últimas variáveis. Conhecer o perfil de leitura do aluno com TEA, a partir da avaliação do reconhecimento de palavras, da fluência e da compreensão, possibilita orientar adaptações escolares, com impacto no seu desenvolvimento acadêmico e prognóstico.
A leitura é uma habilidade fundamental em uma sociedade alfabetizada, sendo essencial também para o desenvolvimento acadêmico. No entanto, no Brasil, os alunos apresentam desempenho em leitura abaixo do esperado, o que torna essencial dispor de instrumentos para avaliar essa competência e planejar ações nesta área. Além dos fatores cognitivos e individuais, questões inerentes ao texto, como gênero e estrutura, também influenciam na leitura. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar as características das palavras, a estrutura sintática e os elementos referentes a coesão do Teste Cloze de Compreensão de Leitura (TCCL), comparando suas duas partes, TCCL-N (texto narrativo) e TCCL-E (texto expositivo), por meio do software Coh-Metrix. Os resultados mostram que o TCCL-E é ligeiramente mais complexo que o TCC-N, como sustentado pela literatura, mas também reforçam a necessidade de se considerar os aspectos do leitor a fim de definir a dificuldade do texto.
apoio do Fundo Mackenzie de Pesquisa e Inovação (MackPesquisa). O I--Cinta teve o intuito de promover o conhecimento sobre temas relacionados ao neurodesenvolvimento típico e atípico da infância e adolescência, aproximando os alunos da pesquisa científica e aprimorando seus conhecimentos na área. Além disso, o evento apresentou aos participantes as linhas de pesquisa do PPG-DD da UPM, despertando o interesse e motivando os alunos ao ingresso no quadro discente do programa.Palestrantes, alunos e membros da comissão organizadora do I-Cinta, que ocorreu presencialmente de 2 a 6 de agosto de 2022 no campus Higienópolis da UPM.
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