O presente artigo reflete o uso de textualidades de matrizes ameríndias no processo de ensino e aprendizagem de história e cultura indígenas, tendo em vista que as representações de povos indígenas do território brasileiro estão presentes em diferentes memórias, nas dos próprios indígenas e na dos não indígenas. Como exemplo é possível sublinhar a de missionários europeus; a literatura (romances, poemas); registros de viajantes do século XIX, cinema nacional, livros didáticos de história, documentos oficiais do Estado brasileiro, entre outros textos que representam um conjunto de interpretações que a partir dos seus enredos e lógicas discursivas influenciam os leitores no processo de “compreensão”, por conseguinte, no reconhecimento das diversidades, complexidades e participações históricas das sociedades indígenas. Em razão disso, será utilizado e ressaltado o uso de produções de intelectuais e escritores contemporâneos indígenas como ferramenta para transversalização de olhares e narrativas com distintos vínculos de expressões. Considerando-se, ainda, que as textualidades de matrizes ameríndias podem simbolizar aporte na troca de saberes entre diferentes grupos étnicos sociais, descentralizando, assim, interpretações que excluíram historicamente diferentes sujeitos e grupos sociais.
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