A avaliação psicológica no contexto jurídico é uma atividade frequente no atendimento aos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. No entanto, esse trabalho do psicólogo no poder judiciário, voltado às vítimas que possuam algum tipo de deficiência é carente de abordagens na literatura. Com isso, objetivou-se nesta pesquisa caracterizar a avaliação psicológica de crianças com deficiência intelectual, vítimas de violência sexual, mediante entrevista com psicólogos jurídicos atuantes no Fórum Heitor Medeiros, situado no município de Campo Grande/MS. Para isso, uma entrevista semiestruturada foi conduzida junto a três psicólogos que atuam em Vara de Família, Vara da Infância, e Vara da Infância e da Juventude. Com a análise dos dados em caráter qualitativo-descritivo, abordam-se aspectos como a compreensão dos psicólogos sobre a avaliação psicológica no contexto jurídico e os procedimentos do processo de avaliação psicológica de crianças com e sem deficiência, envolvidas em denúncias de abuso sexual. Os resultados apontam para as dificuldades verificadas na definição dos profissionais para a prática da Avaliação Psicológica, suas preferências pelo uso da entrevista e às emergências de criação de instrumentos psicológicos para a área jurídica, bem como para as pessoas com deficiência. Sugere-se o aprofundamento na discussão dos limites da prática de avaliação pericial em psicologia e sua forma de contribuição no contexto judiciário.
Introduction: Migraine is the most common chronic headache in childhood, however, it is still little diagnosed in the pediatric group. Early crises can be very early, at 6 months of age. It may present in different ways according to the age group of the child and may or may not resemble the clinical picture of the associated manifestations that may aid in diagnosis. Methods and Objectives: The study used data available on the DataSus, in the category of hospitalization by the CID-10, in the group of less than 1 year, between 1 and 4 years, 5 and 9 years and 10 and 14 years, in the period from 2014 to 2020, to discuss the diagnosis of migraines and compare the prevalence of hospitalizations among children . Results: Between 2014 and 2020, the age group with the highest rate of hospitalization for migraine and other cephalic pain syndromes was 10-14 years, with an average of 57,13%, followed by 5-9 years (32,75%), 1-4 years (8,95%) and below 1 year (1,57%). Conclusion: Migraine has a semiological aspect that makes it difficult to identify in the pediatric group: symptoms. How diagnosis depends on a subjective report, children, especially the younger ones, become underdiagnosed. This can justify the higher incidence of hospitalizations among older children, with greater communication skills and a better description. Another factor is the absence of skilled professionals. Adaptation is necessary to assist in diagnosis, such as: associated clinical manifestations; Note; use of semi-structured interrogation and playful scales to spread the pain.
Background: Epilepsy is a neurological disease characterized by abnormal and excessive electrical discharges in the brain, with the occurrence of two or more seizures during 12 months, without causing fever, traumatic brain injury, hydroelectrolytic alteration or concomitant disease. Knowing the panorama of hospitalizations makes it possible to manage and direct resources in order to adapt to the needs of the age group. Objectives: Compare the age groups in relation to the number of hospitalizations for Epilepsy in Bahia between 2014 and 2020. Methods: Work carried out based on secondary data through public consultation to the DataSUS platform, through the Hospital Production System of the Unified Health System (SIH- SUS). All cases of hospitalization for epilepsy in children between January 2014 and December 2020, in the state of Bahia, were included. Results: The age group that presented the highest rate of hospitalization was 1-4 years old with an average of 39.49%, followed by the age group between 5-9 years old with 20.16%, in addition to those younger than 1 year old with 16, 70%, with the age groups between 10-14 years old and 15-19 being the last with 13.65% and 10% respectively. Conclusions: It is observed that there is a higher incidence rate of hospitalizations in children under 9 years of age, explained by the high rate of epilepsy that evolve, most of the time, with the disappearance in adolescence, elucidating the lowest rates in the age group over 10 years.
Introdução: A gravidez na adolescência tornou-se um problema de saúde pública. O corpo de uma jovem mulher ainda não está fisiologicamente preparado para a gestação até seus 19 anos. Logo, torna-se uma gravidez de alto risco quando ocorre antes dessa idade. As comorbidades que acometem essas grávidas são inúmeras, podendo chegar ao óbito. Objetivo: Traçar o perfil regional, etário e de escolaridade da adolescente grávida relacionado com a mortalidade materna. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo da gravidez na adolescência nas cinco regiões do Brasil de 2014 a 2018. Relacionou-se a mortalidade da amostra com as variáveis: escolaridade da mãe e faixa etária (10 a 14 anos e 15 a 19 anos). As fontes dos dados foram o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). O indicador utilizado foi a razão de mortalidade materna, obtido pelo número de óbitos maternos até 42 dias pós-parto dividido pelo total de nascidos vivos multiplicado por 105. Resultados e Conclusão: No período do estudo, o perfil sociodemográfico da gravidez na adolescência apresentou um resultado de maior razão de mortalidade materna entre 10 e 14 anos na Região Centro-Oeste, com valor de 4,4. Já entre 15 e 19 anos, a região com o maior resultado foi a Norte, com valor de 57,9. Em relação à escolaridade, de 10 a 19 anos, a região com o maior índice de nenhuma escolaridade foi a Norte. Desse modo, o estudo evidencia a razão de mortalidade materna na adolescência como um problema de saúde pública, principalmente no Norte e no Nordeste do Brasil, na faixa etária de 15 a 19 anos, e nenhuma escolaridade. Reconhecer esse perfil é importante para o planejamento de ações de saúde que reduzam essa razão.
Introdução: As medidas adotadas pelas lideranças governamentais para frear o coronavírus se baseiam na prática do isolamento social. Do ponto de vista da saúde pública, os benefícios das medidas são inquestionáveis, mas as mudanças estruturais na sociedade inerentes ao período de pandemia criam ambiente favorável para violência, a qual constitui fator de risco para a ocorrência de abusos. O documento “Violência Doméstica durante a Pandemia de COVID-19” confirma a ascensão do fenômeno mascarado pelo concomitante aumento da subnotificação de denúncias no país entre fevereiro e abril de 2020. O mesmo já se verifica em outros países, por exemplo, Estados Unidos e Reino Unido. A plena compreensão do cenário brasileiro nesse contexto aliada à produção científica de outros países sobre a temática pode orientar o desenvolvimento de políticas públicas de enfrentamento ao problema efetivas e factíveis. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das notificações de violência contra as mulheres no município de Salvador, Bahia, entre o período de janeiro a junho nos anos de 2018, 2019 e 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, realizado no município de Salvador, no estado da Bahia. Os dados foram obtidos a partir do Sistema TABNET/DATASUS. A escolha do período ocorreu pela disponibilidade desses dados e pela correlação marcante diante da temporalidade do início da pandemia do Covid-19. Os resultados foram apresentados por meio de tabelas e gráficos construídos com o auxílio do software Excel. Resultados: Em janeiro de 2017, comparado a 2018, houve um aumento de 3,9%; em fevereiro, de 42,3%; em abril, de 46,1%; em maio, de 5,9%; e em junho, de 30,5%. Por outro lado, em março houve uma redução de 14,8%. Comparando 2018 a 2019, ocorreu aumento em todos os meses: 33,2% em janeiro; 10% em fevereiro; 84% em março; 30,2% em abril; 45,5% em maio; e 5,62% em junho. Comparando 2019 a 2020, observou-se aumento de 14,9% no mês de fevereiro. Nos outros meses, observou-se redução (2,4% em janeiro e a partir de março, nos meses subsequentes, 46,2, 63,8, 82,9 e 92,4%, respectivamente. Vale ressaltar que no mês de março se iniciou o isolamento social. Correlacionando com a média aritmética, identificou-se que a menor média foi no ano de 2020, corroborando mais uma vez com a hipótese de subnotificação durante o período de isolamento social. Conclusão: O estudo mostrou redução significativa das violências doméstica, sexual e outras violências em Salvador, no período da pandemia, já que há um grande número de subnotificações em razão das medidas restritivas. Portanto, orienta a formulação de novas pesquisas na área, de modo a destacar as possíveis correlações com medidas preventivas e para pesquisa de campo que determine a real incidência de violência.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.