grande potencial para substituição do diesel de petróleo. A produção comercial de biodiesel é mais comumente realizada por reação de transesterificação de óleos vegetais ou animais, utilizando catalisadores básicos em condições homogêneas de catálise. No entanto, este processo de produção apresenta algumas desvantagens, tais como: formação de sabão e significativa geração de efluentes. Uma alternativa para simplificar as etapas de purificação do biodiesel, minimizar custos e efluentes é a utilização de catalisadores sólidos que podem ser removidos facilmente do processo produtivo, regenerados e reutilizados. Portanto, este trabalho apresenta um estudo sobre a produção de biodiesel por meio da transesterificação de óleo de soja com metanol, usando óxido misto CaO-CeO 2 como catalisador básico sólido. O catalisador foi obtido por co-precipitação e caracterizado por difração de raios-X. A reação foi conduzida num reator batelada, à 64° C, com razão molar metanol/óleo 20:1. O perfil cinético obtido apresenta forma sigmoidal, obtendo-se rendimento de 85,8 % em 10 h de reação. Este resultado evidencia a possibilidade de utilização de CaO-CeO 2, na produção de biodiesel. Otimização das variáveis de processo e estudos de reuso deste catalisador devem ser estudados para que seu uso comercial seja viabilizado.Palavras-Chave: biodiesel, transesterificação, catálise heterogênea.
INTRODUÇÃOO biodiesel, conhecido também como éster metílico de ácidos graxos (FAME), é uma mistura de ésteres monoalquílicos de ácidos graxos de cadeia longa, derivados de matérias-primas renováveis lipídicas, tais como gorduras de óleo vegetal e animal. Considerando o fato do biodiesel possuir propriedades físicas semelhantes aos combustíveis diesel, muitos países ao redor do mundo têm explorado e usado biodiesel comercialmente, misturado ao diesel de petróleo, como EUA, Japão, Brasil, Índia, dentre outros (Janaun e Ellis, 2010).A produção convencional de biodiesel se dá por transesterificação, podendo ser catalisada por meio de processos homogêneos , heterogêneos ou enzimáticos, bem como pela tecnologia supercrítica (Marchetti et al., 2007).