Introdução: Para o desenvolvimento de pneumonia hospitalar (PH), há a necessidade de que os patógenos alcancem o trato respiratório inferior e sejam capazes de vencer os mecanismos de defesa do sistema respiratório, que incluem os mecânicos (reflexo glótico e da tosse, e sistema de transporte muco ciliar), humorais (anticorpos e complemento), e celulares (leucócitos polimorfos nucleares, macrófagos e linfócitos). São fontes de patógenos para PH muitos dispositivos e equipamentos utilizados no ambiente hospitalar, bem como seus elementos associados, como: ar, água, sondas, tubos e fômites. Objetivo: Identificar, por meio de uma pesquisa bibliográfica, os fatores de risco e a incidência de Pneumonia Hospitalar em Unidade de Internação. Material e método: Pesquisa bibliográfica e descritiva, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando o descritor específico: "Pneumonia", que foi cruzado com os descritores gerais: "Fatores de risco", "Incidência". Selecionados artigos completos disponíveis, escritos no idioma português e publicados no período de 2014 a 2018. Excluídos artigos de revisão bibliográfica, que abordassem Unidade de Terapia Intensiva, população pediátrica ou neonatal ou que não respondam ao objetivo da pesquisa. Resultados: Foram selecionados seis artigos científicos, sendo que dois foram publicados na Rev Col Bras Cir e cada um dos outros artigos nos seguintes periódicos: Rev Med Minas Gerais, Arq Bras Cardiol., Sci. Med. e RBAC. Dois artigos foram publicados no ano de 2017, outros dois no ano de 2018, um artigo foi publicado em 2016 e outro em 2015. Em dois artigos os dados foram coletados no estado de São Paulo, em outros dois em Minas Gerais, em um artigo os dados foram coletados no Rio Grande do Sul e em outro artigo em Santa Catarina. Foram realizados estudos retrospectivos e prospectivos, com uma amostra que variou de 91 a 314 pacientes avaliados. A incidência de pneumonia hospitalar foi referida em cinco artigos, e variou de 1,3% a 33,8%. Os fatores de risco citados pelos artigos para a ocorrência de PH foram: idade acima de 60 anos, gênero masculino, extremos do estado nutricional, exposição ao mofo e a agentes químicos, contato com pássaros, tempo de internação hospitalar prolongado, a não utilização de simbióticos, comorbidades, imobilidade no leito, risco cirúrgico, tempo cirúrgico, porte cirúrgico, acesso cirúrgico, grau de contaminação da cirurgia e uso de sondas gástricas. Conclusões: A ocorrência de pneumonia hospitalar está relacionada a fatores de risco intrínsecos e extrínsecos.