O artigo investiga o perfil dos trabalhadores insatisfeitos no mercado de trabalho brasileiro nos anos de 2005 e 2015, assim como busca identificar os fatores que contribuíram para as mudanças de probabilidades de estar insatisfeito encontradas entre esses dois períodos. Para tanto, foram utilizados dados da PNAD de 2005 e 2015 e o modelo probit. Com base nessas informações, busca-se decompor as diferenças das probabilidades encontradas e verificar o quanto cada covariada contribuiu para tal desigualdade. Os resultados mostraram que trabalhadores chefes de família e negros tiveram suas probabilidades positivas para ambos os anos analisados. Já os trabalhadores formais, obtiveram probabilidades negativas para a insatisfação no emprego, assim como os trabalhadores que vivem na zona rural os quais possuem probabilidades menores do que os moradores da zona urbana de estarem insatisfeitos nos seus postos de trabalho. A diferença de probabilidade do trabalhador insatisfeito entre os anos de 2005 e 2015 é explicada principalmente por diferenças não observáveis associadas às transformações do mercado de trabalho no período.
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