RESUMO O câncer de mama pode ser considerado, atualmente, um problema de saúde pública devido a sua crescente incidência e índices de letalidade. Diante disso, o movimento Outubro Rosa visa chamar a atenção da população a respeito dessas neoplasia em mulheres de todo o mundo, de modo que suas ações têm por objetivo comum realizar o diagnóstico precoce no intuito de diminuir a mortalidade em decorrência dessa neoplasia. Dessa forma, o presente artigo objetiva relatar a experiência de acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz, no Módulo de Práticas de KEYWORDS-Breast Cancer Prevention.-Medical Education.-Breast Cancer. ABSTRACTThe breast cancer can now be considered a public health problem due to its increasing incidence and lethality rates. INTRODUÇÃONos últimos tempos, a saúde da mulher vem ganhando destaque devido ao crescente papel que a mulher tem desempenhado na sociedade. Ao atuar e acumular funções seja na maternidade, no mundo do trabalho e na sociedade como formadora de opiniões, essa população tem conquistado reconhecimento como cidadã, portadora de deveres e, especialmente, de direitos. Dessa forma, com o avanço do conhecimento e do reconhecimento da igualdade de direitos entre os gêneros, observa-se a criação de uma ampla variedade de cuidados à saúde da mulher, como, por exemplo, os programas de prevenção do câncer de mama 1 .O câncer de mama pode ser considerado, atualmente, um problema de saúde pública devido a sua crescente incidência e índices de letalidade. No que concerne à população feminina, essa doença é temida por gerar diversas consequências temporárias ou permanentes na vida da mulher, já que os tratamentos, na maior parte das vezes, são agressivos, com graves sequelas físicas que afetam a sexualidade, os relacionamentos, a autoimagem corporal e muitas outras crenças e valores 2,3 . De acordo com essa relevante morbimortalidade, o câncer de mama constitui uma doença multidimensional, frequentemente associada a desordens físicas, psicológicas, sociais e culturais, que demanda equipes terapêuticas polivalentes capazes de reconhecer, valorizar e agir sobre as necessidades singulares entre as quais o processo saúde-doença pode se manifestar, refundando os pilares do mundo particular de cada paciente 3 .De forma geral, apenas a possibilidade de um diagnóstico de um câncer é um fenômeno cercado por forte carga simbóli-ca e emocional que traz consigo um estigma de incapacidade, mutilação e morte que repercute no cotidiano tanto da paciente, quanto de sua família. O espectro de um câncer na mama levanta também uma ressignificação da mama em si. Antes símbolo de feminilidade, maternidade e sexualidade, a mama feminina transforma-se em ameaça à vida. Assim, a possibilidade do tratamento cirúrgico curativo também se apresenta como ameaça ao papel social que aquela cidadã desempenhou em grande parte da sua vida. Logo, o cuidado para essa problemática deve constar de amparo psicossocial durante toda a terapêutica, auxiliando na reestruturação social e familiar da paciente...
RESUMO Os cursos de educação médica têm implementado disciplinas e módulos que aproximem os discentes da realidade da saúde nacional, a fim de se adequarem às crescentes necessidades de reorganização da formação médica. O presente artigo relata uma experiência de acadêmicos de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) com as atividades e ações incluídas no módulo de Gestão e Rede de Atenção à Saúde, parte da Prática de Integração Ensino-Serviço-Comunidade (PIESC), como proposta de reorientação do currículo na aquisição de habilidades de liderança e gerenciamento de recursos físicos e humanos em saúde. A proposta foi inserir os discentes em diferentes níveis de complexidade tecnológica do SUS a fim de contextualizar o estudo da Rede de Atenção à Saúde (RAS) por meio de vivências e pesquisa-ação em serviços de saúde situados nos diferentes níveis de atenção. Para isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais e usuários em cada ambiente visitado. Tais vivências ampliaram a visão dos acadêmicos sobre os serviços de saúde, possibilitando um melhor entendimento da estruturação da RAS, bem como um dimensionamento dos entraves encontrados nos diferentes cenários e proporcionando uma experiência in loco das críticas e dificuldades apresentadas e vividas por usuários e profissionais. Percebeu-se que não há resolutividade dos problemas de saúde dos usuários nos serviços, bem como existe uma falta de entendimento destes acerca de seus direitos e da continuidade da atenção à saúde nos diferentes níveis de atenção. Explicitou-se que as instâncias primárias de atenção não funcionam como porta de entrada adequada, o que culmina com a desestruturação da RAS observada. A experiência relatada neste artigo demonstrou um modo dinâmico de abordar a temática da Gestão e Rede de Atenção à Saúde, além de contribuir para a formação do estudante de Medicina, já que possibilitou um melhor entendimento da rede quanto às práticas em saúde e às dimensões do processo saúde-doença implicados na gestão do SUS.
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