De acordo com a literatura, os pegmatitos do granito Madeira, localizados no Distrito Mineiro de Pitinga (Amazonas, Brasil), pertencem à fácies albita granito. Estudos anteriores propõem que estes corpos pegmatíticos estão associados a falhas de orientação N320/60SW e são ricos em elementos terras raras (ETR). Devido a isto, foi realizada a caracterização destes pegmatitos baseada na química mineral e na geoquímica de rocha total. A paragênese é composta por albita, microclínio, quartzo, polilitionita, riebeckita, fluoro-arfvedsonita, fluoro-eckermannita, criolita, xenotima, gagarinita-(Y), hematita, zircão, pirocloro, cassiterita, torita, zircão, columbita, magnetita, galena, esfalerita e bismuto nativo. Com base na composição química e em minerais típicos, foram divididos em: PEG ANF (médios K e Na; riebeckita e genthelvita), PEG POL (alto K; polilitionita e xenotima) e PEG CRIO [alto K, muito rico em F; criolita e gagarinita-(Y)]. Dados de química mineral e de estrutura dos principais minerais dos pegmatitos são apresentados e comparados com os do albita granito. A integração de dados mineralógicos com a geoquímica dos três tipos de pegmatitos caracteriza a rocha encaixante como a rocha parental, registra o enriquecimento em F, ETR e elementos do grupo 1 e permite acompanhar a evolução químico-mineralógica do sistema albita granito até o líquido residual mais tardio (PEG CRIO).