A realidade brasileira tem mostrado umafastamento progressivo entre o homem e os rios urbanos: cidades com processos de crescimento urbano e estruturas naturais diferenciadas têm repetido uma relação de negligência e descaso nas margens desses corpos d’água. Partindo dessa premissa, este trabalho identifica relações espaciais estabelecidasentre traçado urbano e cursos d’água, tipificando interfaces e ambiências urbanas aípresentes. Problematizando o papel das configurações espaciais no desenvolvimento de condições adequadas para apropriação social e preservação ambiental nas margens dos rios urbanos, realizaram-se estudos morfológicos, complementados por leituras de campo, em duas bacias hidrográficas: a bacia hidrográfica do córrego Cascavel, na cidade de Goiânia, e a bacia hidrográfica do rio Itacorubi, situada em Florianópolis. A partir desses estudosde caso, que apresentam bacias hidrográficas em situações geomorfológicas e urbanísticas bastante específicas, o trabalho conclui que, na preservação dos rios urbanos, urbanidade e efetiva apropriação podem ser valores auxiliares para torná-los mais visíveis, reconhecíveis e acessíveis no cotidiano de sua população.
Este artigo parte das investigações iniciais de uma pesquisa que busca o aprofundamento na problemática em torno das relações construídas entre ambiente natural e construção urbana, mais especificamente sobre os conflitos existentes em um meio que se forma como transição entre a preservação do meio ambiente e a apropriação do mesmo, as margens de cursos d’água em meio urbano. Foram realizadas análises descritivas das características do meio natural em duas cidades, assim como as influências sobre seus diferentes processos de construção urbana. Os objetos de estudo foram duas Bacias Hidrográficas, uma em cada cidade, a fim de estudar as diferentes inter-relações desenvolvidas entre tecido urbano e margens dos cursos d’água. Entendendo como cada situação interferiria no processo de reconectar homem e meio natural e acreditando no equilíbrio entre a intangibilidade de leis ambientais com a apropriação das margens como forma de preservar verdadeiramente o meio ambiente nas cidades. This article comes from an initial investigation of a research that search for deepening on the problematic behind the relations between natural environment and urban development, more specific on the existent conflicts on an environment that forms itself as a transition between preservation of natural elements and their appropriation, the margins of water streams. Descriptive analyses were made on the natural environment characteristics of two different cities and on the influences of their different urbanization process. The study objects were two watersheds, one in each city, in order to study the different interrelation developed between urban fabric and the water stream margins. Understanding how each situation would interfere on the process of trying to reconnect men and natural elements and believing that the right way of preserving natural environment is to balance the intangibility of preservations laws with the appropriation of those natural elements by the local population.
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