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O historiador Jaime Yaffé é docente da Facultad de Ciencias Sociales da Universidad de la República, em Montevidéu, e investigador do Instituto de Ciência Política da mesma universidade. Licenciou-se em História pelo Instituto de Profesores Artigas de Montevideo, mestre em Ciência Política e doutor em Ciências Sociais. É membro do Sistema Nacional de Investigadores do Uruguai (SNI), na área de Ciências Sociais. Tem como linha de pesquisa os estudos sobre a história contemporânea uruguaia, com foco na ditadura civil-militar uruguaia, seus antecedentes e seus desdobramentos no presente. Destaco as pesquisas sobre a trajetória da Frente Ampla na política nacional do Uruguai, analisando a construção de uma identidade partidária frenteamplista no pós-ditadura, e dialogando com as temáticas da memória e usos do passado.

EntrevistadaA historiadora Cristina Moyano Barahona é docente de História e Geografia na Universidad de Santiago de Chile. Licenciada em Educação em História e Geografia (2000), com mestrado em História (2005) pela Universidad de Santiago de Chile. Obteve Doutorado em História (2007) pela Universidad de Chile, e realizou Pós-Doutorado no Instituto de Estudios Avanzados da Universidad de Santiago de Chile (2009). Trabalhou como professora convidada na Universidad Nacional de Tucumán (2015), na Argentina, e no Instituto Mora (2017-2018) no México. Tem como linhas de pesquisa os estudos em história contemporânea chilena, com foco nas elites políticas, esquerdas, militâncias e partidos políticos. É autora dos livros “El MAPU durante la dictadura. Saberes y prácticas para una microhistoria de la renovación socialista en Chile, 1973-1990”, de 2010, e “Mapu o la seducción del poder y la juventud. Los años fundacionales del partido mito de nuestra transición. 1969-1973”, de 2009. Atualmente, coordena o projeto de pesquisa “Usos políticos de la transición a la democracia. Ensayos políticos y demandas sociales en la construcción del tiempo histórico reciente, Chile 1986-2012”, financiado pelo Proyecto Fondecyt. Entrevista concedida em 12 de agosto de 2019.

Aqueles que cruzassem os corredores da Pontifícia Universidade Católica (PUC) da Guanabara, em meados dos anos 1970, poderiam ter a sorte de avistar, mesmo que de relance, uma das maiores intérpretes da música brasileira. Para alguns, somente uma estudante de Psicologia que transitava pelo campus. Com os holofotes afastados, em um movimento próprio e consciente, Nara Leão sentava na sala de aula determinada a aprender o máximo possível. Essa sede por conhecimento vinha desde as reuniões de artistas em seu apartamento, na Zona Sul do Rio de Janeiro, sendo objeto de dedicação durante toda sua carreira e presente nas narrativas realizadas sobre ela. A musa da Bossa Nova, que circulou por inúmeros estilos, era uma profunda conhecedora da música brasileira, reconhecida por seus pares como de refinado gosto musical. Não à toa, foi responsável por lançar diversos artistas, além de dialogar com grandes movimentos musicais do país, como a Bossa Nova, a Jovem Guarda e a Tropicália, e fazer parte da invenção e institucionalização da MPB.A figura de Nara Leão perpassa por diversos momentos da música brasileira. Os choques e afastamentos da artista com os holofotes, a aproximação com jovens e talentosos músicos, o enobrecimento de movimentos marginalizados, são alguns dos inúmeros pontos que resultam de seu constante trânsito. De forma * Doutorando em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), com área de concentração em História do Tempo Presente. Possui graduação e mestrado em História pela mesma instituição. Vinculado ao Laboratório de Imagem e Som (LIS-UDESC), tem experiência no campo dos estudos sobre canção, consumo e meios de comunicação.

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