RESUMO -Racional -Ainda que se reconheça a eficiência da ecoendoscopia para o diagnóstico e até mesmo para o tratamento de várias doenças do aparelho digestivo, a sua inclusão nos algoritmos de decisão clínica em gastroenterologia tem sofrido restrições. Este fato é comprovado indiretamente através da existência de vários estudos que se preocuparam em demonstrar o impacto do exame ecoendoscópio na mudança de condutas e na redução de custos. Outra evidência, esta direta e identificável em nosso meio, é a disponibilidade bastante limitada da ecoendoscopia no Brasil. Neste sentido, quiseram-se identificar as situações clínicas em que o exame ecoendoscópico é eficiente, através de revisões sistemáticas, graduando-se o grau da evidência e a força da recomendação, realizadas pelo grupo envolvido com o método em nosso país, apresentadas e votadas na forma de consenso. Método -O grupo de médicos que realiza ecoendoscopia foi formado a partir de informações obtidas junto às sociedades de especialidades e aos fabricantes de equipamentos. A lista de tópicos e perguntas relevantes foi formulada por dois membros do consenso (FMF, CMD), discutida com e distribuída aos consensualistas 5 meses antes da reunião de consenso. Foi solicitado que se realizassem, na medida do possível, revisões sistemáticas e que as respostas fossem apresentadas para a votação com o grau de evidência e a força da recomendação. Nos 2 dias da reunião de consenso, as respostas foram apresentadas, debatidas e votadas. Quando, no mínimo, 70% dos votantes concordaram com o texto da resposta, houve consenso. O relatório final foi submetido a apreciação e aprovado por todos os consensualistas. Resultados -Setenta e nove questões foram debatidas na pré-reunião do consenso, resultando 85 questões que foram então distribuídas. Nos 2 dias da reunião do consenso, 22 participantes debateram e votaram as 85 respostas. O impacto causado pelo exame ecoendoscópico foi comprovado por evidências do nível 1, gerando recomendações grau A e consenso entre os participantes nas seguintes situações: diagnóstico diferencial da lesão subepitelial do tubo digestivo e do espessamento de pregas gástricas, estádio e identificação de lesão irressecável no câncer do esôfago, sinais indiretos de carcinomatose peritonial no câncer gástrico avançado, estádio de linfoma gástrico tipo Malt e estádio do câncer de reto, diagnóstico da litíase da vesícula biliar e do colédoco, diagnóstico da pancreatite crônica, diagnóstico diferencial do nódulo sólido da pancreatite crônica, diagnóstico diferencial do cisto pancreático, resultados do tratamento endoscópico das varizes esofágicas, diagnóstico e estádio do câncer de pulmão não-pequenas células. Conclusão -Já há evidências do melhor nível na literatura médica justificando a utilização do exame ecoendoscópico em várias doenças do sistema digestório e, até mesmo, no câncer do pulmão. DESCRITORES -Endossonografia. Consenso. Brasil INTRODUÇÃOA ecoendoscopia (EE), também conhecida como endo-sonografia ou ultra-sonografia endoscópica, foi introduzid...
Background and Objectives:At the time of its introduction in the early 80s, endoscopic ultrasonography (EUS) was indicated for diagnostic purposes. Recently, EUS has been employed to assist or to be the main platform of complex therapeutic interventions.Methods:From a series of relevant new topics in the literature and based on the need to complement the I Brazilian consensus on EUS, twenty experienced endosonographers identified and reviewed the pertinent literature in databases. The quality of evidence, strength of recommendations, and level of consensus were graded and voted on.Results:Consensus was reached for eight relevant topics: treatment of gastric varices, staging of nonsmall cell lung cancer, biliary drainage, tissue sampling of subepithelial lesions (SELs), treatment of pancreatic fluid collections, tissue sampling of pancreatic solid lesions, celiac neurolysis, and evaluation of the incidental pancreatic cysts.Conclusions:There is a high level of evidence for staging of nonsmall cell lung cancer; biopsy of SELs as the safest method; unilateral and bilateral injection techniques are equivalent for EUS-guided celiac neurolysis, and in patients with visible ganglia, celiac ganglia neurolysis appears to lead to better results. There is a moderate level of evidence for: yield of tissue sampling of pancreatic solid lesions is not influenced by the needle shape, gauge, or employed aspiration technique; EUS-guided and percutaneous biliary drainage present similar clinical success and adverse event rates; plastic and metallic stents are equivalent in the EUS-guided treatment of pancreatic pseudocyst. There is a low level of evidence in the routine use of EUS-guided treatment of gastric varices.
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