Introdução: A residência médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcionando sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação profissional. Objetivos: Analisar a oferta de programas e vagas de residência médica em cancerologia, no Brasil, em 2010, comparando com a estimativa de população, incidência e óbitos por câncer, segundo macrorregiões; além de comparar a distribuição desses programas, segundo dependência administrativa e de avaliar a distribuição dos Centros de Alta Complexidade em Oncologia. Método: Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo do tipo transversal. Os dados obtidos foram dispostos em planilhas e correlacionados através de análises estatísticas. Quando indicado, foi feito o teste estatístico pela correlação de Spearman. Resultados: A região Sudeste congrega 59,8% dos programas; a região Sul abriga 16,3%; o Centro-Oeste, 7,18%; o Nordeste, 14,8%; e a região Norte, 1,91%. Considerando-se as áreas de cancerologia, cancerologia clínica, cancerologia pediátrica, cancerologia cirúrgica e radioterapia; viu-se que, entre 2003 e 2010, houve um incremento de vagas de 90,86%. Conclusão: A região Sudeste detém a maioria dos programas e vagas e dos Centros de Alta Complexidade em Oncologia. É a única do País que possui um maior valor percentual de programas e vagas em relação ao valor percentual que detém da população brasileira, do total de óbitos por câncer e da incidência de câncer.