Atualmente a geografia física aplicada têm produzido numerosos trabalhos acerca dos impactos causados por fenômenos naturais extremos. A maior parte das publicações, no âmbito das bacias de drenagem, têm se concentrado em ambiente urbanos, fato explicado pela presença antrópica e o seu potencial de intervenção sobre o meio físico. A despeito da importância nos estudos de bacias urbanas, objetivou-se aqui um estudo numa bacia rural, dividido em dois momentos. No primeiro, realizou-se o mapeamento do uso da terra utilizando o segundo nível taxonômico do Manual Técnico de Uso da Terra (IBGE). No segundo momento analisou-se as séries históricas de precipitação e as maiores manchas de inundação entre 1985 e 2015, identificando no ano de 2009 a maior ocorrência espacial deste fenômeno. Nesta fase também foi realizado o quantitativo dos usos da terra sujeitos as inundações, tendo como referência a maior mancha de inundação registrada na área de estudo.Palavras-chaves: Uso da terra. Inundação. Rio Imbé-Ururaí INTRODUÇÃOA geografia física contemporânea tem recebido um grande quantitativo de publicações acerca de desastres naturais de distintas gêneses e processos, seja na produção de diagnósticos ou mesmo de prognósticos que buscam criar cenários futuros na prevenção desses fenômenos. No Brasil, a geomorfologia fluvial, em diálogo com demais áreas do conhecimento tem desenvolvido importantes trabalhos no campo analítico de bacias de drenagem e, as inundações, enquanto desastre natural que atinge variados usos da terra, têm recebido atenção de grande parte dos pesquisadores (SALGADO, et al., 2007; CUNHA E CUNHA, 2015; LIMA E COELHO, 2016) Inundações são fenômenos de interesse em comum para a Universidade, Sociedade Civil e Poder Público (COELHO, 2008). Sua ocorrência pode levar a perdas materiais e até de vidas humanas.Compreender os processos condicionantes as inundações em bacias de drenagem urbanas e rurais têm sido um esforço por grande parte dos geógrafos brasileiros. A geomorfologia em diálogo com demais