RESUMO.-Este trabalho descreve dioctofimatose renal bilateral e disseminada em canino no município de Pelotas, na região sul do Rio Grande do Sul. Uma cadela sem raça definida, de dois anos de idade e semi-domiciliada foi submetida a exame ultrassonográfico observando-se alterações sugestivas de parasitismo por Dioctophyme renale. O animal veio à morte antes de ser conduzido para nefrectomia e remoção dos parasitas. Foi encaminhado para necropsia no Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da UFPel. Macroscopicamente, ao corte do rim direito observou-se atrofia do parênquima com formações císticas e exsudato serosanguinolento com quatro exemplares fême-as de D. renale. A cápsula renal media 0,4cm de espessura, e apresentava placas multifocais esbranquiçadas, irregulares e de consistência dura, medindo até 2cm de diâmetro. Na pelve do rim esquerdo, havia um parasita macho de 22cm. A bexiga possuía conteúdo escurecido e pastoso. Ainda, livre na cavidade abdominal, próximo ao rim direito havia outro parasita macho de 30cm. No fígado havia região cicatricial no lobo em contato com o parasita. No tórax identificou-se livre na cavidade e formando impressão sob a gordura pericárdica, um parasita macho de D. renale, medindo 20cm. Histologicamente, além de lesões características da enfermidade, observou-se metaplasia óssea na capsula renal direita. TERMOS DE INDEXAÇÃO:Dioctophyme renale, dioctofimatose, rim, metaplasia óssea, renal bilateral, canino.
Peritonite Infecciosa Felina (PIF) é uma doença viral imunomediada, caracterizada por serosite e vasculite fibrinosas disseminadas. O objetivo deste trabalho foi descrever um estudo de dez casos da doença, diagnosticados entre 2000-2013 na região sul do Rio Grande do Sul. Neste período foram analisados materiais de 318 felinos, dos quais, dez casos (3,14%) tiveram diagnóstico de PIF. Destes casos, 70% dos animais apresentaram a forma efusiva da enfermidade e 30% a forma não-efusiva. Não houve preponderância em relação a raça dos animais afetados. A idade dos felinos variou entre seis meses e quatro anos. A evolução clínica da doença até a morte esteve entre 7 e 45 dias e os sinais clínicos encontrados foram: anorexia, emagrecimento, icterícia, ascite, vômitos, anemia e hálito amoniacal. As lesões macroscópicas observadas foram variáveis e incluíam peritonite e focos esbranquiçados sobre as serosas de diversas vísceras nas duas formas de apresentação da doença. Histologicamente, em ambas formas diagnosticadas, havia vasculite e perivasculite granulomatosas ou piogranulomatosas em diversos órgãos. O diagnóstico nos casos analisados foi realizado com base na história clínica, achados de necropsia e histopatologia. Conclui-se que a Peritonite Infecciosa Felina ocorre na zona de abrangência do Laboratório Regional de Diagnóstico, na região sul do Rio Grande do Sul, porém o número real de animais afetados pode ser maior que o descrito neste trabalho, em virtude da confirmação do diagnóstico por necropsia ou histopatologia não ser realizado em todos os casos suspeitos.
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