Objetivo: Comparar a qualidade de vida, a percepção da saúde e renda entre famílias com e sem risco socioeconômico durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Participaram deste estudo transversal 41 mães de lactentes nascidos a termo saudáveis (≥ 37 semanas), as quais foram subdivididas em dois grupos: 1) de risco socioeconômico (G-R); e 2) sem risco socioeconômico (G-SR). A qualidade de vida foi mensurada por meio do instrumento World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-Bref). A percepção da saúde e renda mensal foi mensurada por meio de um questionário elaborado pelos autores. Resultados: Foi encontrada diferença significativa entre os grupos G-R e G-SR para o domínio meio ambiente (p= 0,001) no WHOQOL-Bref. A percepção sobre a saúde durante a pandemia da COVID-19 de mães do G-R foi entre boa (52,6%) e regular (36,8%) enquanto a maioria das mães no G-SR avaliou a saúde como boa (81,8%). Das famílias sem risco socioeconômico, 59% precisaram recorrer ao auxílio do governo enquanto que a maioria das famílias de baixo NSE (89,5%) foi beneficiada com o auxílio emergencial do governo. Conclusões: Famílias de baixo nível socioeconômico apresentaram pior qualidade de vida no que diz respeito ao domínio meio ambiente, pior percepção sobre a saúde, e renda familiar diminuída quando comparadas com famílias sem risco socioeconômico.
Introdução: A obesidade/sobrepeso pode interferir na aquisição das habilidades motoras do lactente, o qual, na tentativa de buscar mecanismos de adaptações tem o seu desenvolvimento motor alterado. Objetivos: Verificar se o peso elevado para a idade interfere no desenvolvimento motor da criança de zero a dois anos de idade e, se há diferença do desenvolvimento entre meninos e meninas. Materiais e Métodos: Participaram do estudo 43 lactentes de zero a dois anos, divididos em dois grupos: Grupo com peso elevado para a idade (GE) e Grupo de comparação (GC). Todos foram avaliados por meio da “Escala Motora Infantil de Alberta”. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva, com frequências relativas e absolutas, média e desvio padrão. Para verificar a normalidade das variáveis aleatórias utilizou-se o teste Kolmogorov-Smirnov, e considerando a normalidade dos dados, foi aplicado o teste t-Student para amostras independentes. Em todos os casos, considerou-se um nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Verificou-se diferença estatisticamente significativa entre o GE e o GC para as seguintes variáveis: Índice de Massa Corpórea (p=0,000), peso para a idade (p=0,002), e déficit no desenvolvimento motor observado nas crianças com peso elevado (p=0,039). Não houve diferença estatisticamente significativa para o desenvolvimento motor entre meninos e meninas em ambos os grupos. Conclusão: Os resultados confirmam que o peso elevado, entre zero a dois anos de idade, pode interferir negativamente no desenvolvimento motor. Assim, é necessário monitorar o desenvolvimento dessas crianças, orientar e intervir precocemente para minimizar e prevenir as possíveis alterações.
Esta é uma revisão integrativa considerando o período de 2007 a 2019, com o objetivo de conhecer as publicações acerca da influência do sobrepeso ou obesidade no desenvolvimento motor de lactentes. As bases de dados consideradas foram: PubMed, Medical Subject Headings, LILACS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, PEDro e Science Direct e os descritores: ‘‘obesidade’’, ‘‘sobrepeso’’, ‘‘desenvolvimento motor’’ e “lactentes”. De uma busca inicial de 210 artigos foram considerados quatro artigos. Os estudos demonstraram que o peso elevado para a idade parece ser um fator de risco para atraso no desenvolvimento motor e cognitivo do lactente. É importante acompanhar o desenvolvimento do lactente com peso elevado, orientar e intervir de maneira a minimizar e prevenir alterações, cuidando para que estas não se estendam e prejudiquem a criança na idade escolar, e, idade adulta. A necessidade de mais estudos na temática se mostrou premente.
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