Este texto problematiza a relação entre ser e estar professor em uma escrita, pautada na fabulação, que pode vir a contribuir com a formação docente em Artes Visuais, compreendida não como a representação de um ideal, mas como uma diferença. Como referência teórica, o trabalho pauta-se na faculdade fabuladora, retomada de Henri Bergson por Gilles Deleuze, de modo a potencializar a criação entre arte e vida, uma vez que abre no real a possibilidade do acontecimento — que se apresenta não como profundidade a ser alcançada, mas como superfície —, em que pode vir a emergir variáveis intensivas de um pensamento sem imagens naquela formação.
Como construir um percurso docente em uma narrativa em que a fabulação e a literatura irrompem escrita afora, atravessando não só o texto, mas também as vivências em arte educação contemporânea? Mesmo que a procura por respostas seja o que move uma pesquisa, nesta escrita, move o desejo de fabular no percurso entre o ser e o estar docente, que não procuram estabelecer verdades, nem nomear acontecimentos, causos, docentes e escolares, mas visam criar uma docência em Artes Visuais sempre por vir. Nesta relação, o ser docente marca um estado em suspensão, em movimento de pausa, enquanto o estar docente alinhava um movimento, rompe com a linearidade da formação e deriva em possibilidades narrativas, exploradas com o compartilhamento de narrativas de algumas professoras e professores do estado de Santa Catarina, que, embora situados em um amplo local geográfico, possibilitam criar devires próximos ao exercício docente em uma sala de aula, seja aqui ou acolá. Fabular uma docência em artes consiste de narrativas, singulares e coletivas, pois fala a um povo por vir, em uma língua menor, sempre em movimento. Nessa concepção, as falas dos docentes compartilhadas no texto não ganham nome ou sobrenome, mas sim um espaço para falar sobre a realidade da docência, em uma espécie de língua estrangeira, de tal modo que possa alcançar a fabulação nos interstícios da linguagem.
ResumoEste artigo trata de articulaç ões entre a paixão cega e o amor diante de um percurso de pesquisa em quatro instituições culturais, a partir do conceito de cartografia como abordagem metodológica. A escrita é tramada na busca pelo problema da pesquisa, em forma de fragmentos e aporias, que relatam o mergulho na experiência, agenciando pesquisador e objeto de pesquisa em um mesmo plano de composição. Nesse desenho cartográfico, o desejo de pesquisar vincula-se a necessidade de escrever por um viés outro, criando um universo para um deleite enamorado, que afirma o discurso amoroso. Palavras chave: pesquisa; cartografia; paixão; amor; experiência.
Este artigo trata de articulações entre a paixão cega e o amor consolidado dian- te de um problema de pesquisa desde a abordagem metodológica até a delimitação conceitual e de trajetória da pesquisa. Tramando a metodologia com a delimitação de um problema e visibilidade de percursos fortuitos ou não a serem trabalhados no período de dois anos do mestrado, o desejo de pesquisar vincula-se á necessidade de escrever aquilo que foi escrito só que por um viés outro, criando um universo para deleite enamorado.
ResumoO texto aborda conceitos sobre o lugar do professor artista, bem como, deriva sobre o conceito de experiência utilizando o ateliê como espaço criativo, gerador de potência para articulações entre a formação docente e a prática artística. O estudo norteia-se sobre como o professor compõe seu processo criativo com a elaboração de cartografias, de forma a propor o fluxo e conexões entre os conceitos de espaço do ateliê e a subjetividade na prática docente do fazer/saber do professor artista. Desta forma, teoria e a prática tramam-se em perspectivas metodológicas, a fim de que, a própria pesquisa explore a narrativa subjetiva e identidade do professor artista. Palavras chaveArte Educação, professor artista, cartografia, ateliê ou estúdio. AbstractThe text discusses concepts about the place of teacher artist as well, drifting on the concept of experience using the studio as a creative space, power generator for joints between teacher formation and artistic practice. The study is guided on how the teacher makes up his creative process with the development of cartography, in order to propose the flow and connections between the studio space concepts and subjectivity in the teaching practice of doing / knowing the artist teacher. Thus, theory and practice plot in methodological perspectives in order that the research itself explore the subjective narrative artist and teacher identity. Keywords Art Education, Professor artist, cartography, studio.No livro Studio Thinking, Hetland (2007), é apresentada a perspectiva da sala de aula de Artes Visuais, pensada como estúdio 1 , não a fim de compará-los, mas sim, em articulação. Sendo que em ambos os espaços (aparentemente distantes) desenvolvem-se procedimentos metodológicos semelhantes: apresentação de proposta de trabalho, onde o professor desenvolve explicação teórica fornecendo exemplos e apresentando referências; a continuação apresenta proposta para desenvolvimento de trabalho prático individual ou coletivo; e por fim, há uma pausa ou elemento para a discussão pautado no fazer, gerando criticidade e reflexão ao processo de trabalho.Neste sentido, a prática de estúdio gera persistência, expressividade, capacidade espacial, de observação, reflexão e propensão para pensar além do que é concreto ou real. Para tanto, este artigo apresenta um relato de pesquisa, decorrente da vivência das autoras como docentes e participantes do Grupo de Estudos Estúdio de Pintura Apotheke, articulando o espaço da sala de aula como gerador similar ao estúdio, em consonância com possibilidades para o ensino/aprendizagem em Artes Visuais.1 Neste caso entende-se como ateliê (nota das autoras).
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