A pandemia da covid-19 tem desafiado a humanidade, com implicações alarmantes. Por essa razão, também há uma forte preocupação com a circulação de informações falsas que atrapalham a luta contra a doença e comprometem o cumprimento de orientações seguras para prevenção e tratamento da infecção. Neste artigo, analisamos as ações empregadas para combater esse tipo de conteúdo através do projeto Saúde sem Fake News do Ministério da Saúde, enquanto estava ativo, e propomos a elaboração de uma nova categorização das verificações classificadas pelo canal como “Isto é fake news!”, a partir do conceito e da metodologia de desordem da informação. Como resultado, identificamos que o canal adotou uma postura reativa que se limitava a atestar a veracidade ou falsidade das verificações, sem problematizar as suas especificidades, ignorando os aspectos essenciais para o efetivo combate da desinformação.
Neste artigo propomos uma reflexão crítica à luz do capitalismo de plataformas sobre as ações realizadas pelo Twitter para combater a desinformação durante a pandemia da Covid-19. Para isso, contextualizamos o fenômeno da desinformação nesse período e realizamos um estudo de caso a partir de pesquisa documental das atividades do Twitter. Destacamos que a estratégia de enfrentamento da plataforma se baseia em duas perspectivas principais: frear informações enganosas por meio de moderação de conteúdo e fornecer informações seguras. Por fim, tensionamos as propostas, apontando o perigo de um solucionismo algorítmico e a limitação de algumas ações da plataforma.
Neste artigo propomos uma reflexão sobre como a desinformação (WARDLE; DERAKSHAN, 2017) e os movimentos antivacina (VASCONCELLOS-SILVA; CASTIEL, 2020) dificultam o combate à pandemia da Covid-19, principalmente quando chancelados por agentes públicos, dada a sua visibilidade e influência na esfera social (SOARES JÚNIOR, 2020; RECUERO et. al., 2021). Assim, analisamos o pronunciamento do presidente da república, Jair Bolsonaro, em que associa a vacinação contra a doença ao mito de virar jacaré. Entendendo o discurso a partir de sua materialidade discursiva, utilizamos uma perspectiva foucaultiana (FOUCAULT, 2001; 2005; 2008; 2014), em uma vertente biopolítica e de seus dispositivos de segurança.
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