Instituição: -Introdução: O câncer de esôfago é uma doença devastadora, cuja incidência vem aumentando ao longo dos anos e a demora no diagnóstico inviabiliza o tratamento curativo. A disfagia é o sintoma predominante em mais de 70% dos portadores de neoplasia de esôfago avançada, e está frequentemente associada à caquexia, desconforto local e pneumonia broncoaspirativa. Além disso, outra complicação é o aparecimento de fistulas para a via aérea que contribuem de forma importante para a deterioração do estado geral dos pacientes. Com a demanda de tratamento paliativo nesses casos, surgiram na década de 90 as próteses metálicas autoexpansíveis permitindo a perviedade do órgão e o fechamento de fístulas, reduzindo tempo de internações hospitalares e melhorando os sintomas. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo através da revisão de prontuários de pacientes do INCA dos anos de 2013 a 2016 submetidos às próteses metálicas de esôfago. A finalidade foi traçar o perfil destes, bem como avaliar sobrevida e complicações. Resultados: Foram no total 108 pacientes, sendo a maioria homens. O tipo histológico prevalente foi o carcinoma espinocelular do esôfago. A média de idade dos pacientes na colocação das próteses foi de 61 anos, a sobrevida média após a colocação da prótese foi de 2 meses e três dias. A maioria foi submetida ao procedimento por disfagia, em menor número por fístulas malignas. Os portadores de fistulas traqueoesofágicas tiveram sobrevida menor em comparação aos não portadores. Conclusão: Apesar dos avanços na terapia, mais de 50% dos pacientes têm doença incurável no momento da apresentação o que torna o tratamento paliativo a única opção viável. As próteses metálicas autoexpansíveis configuram um recurso seguro que proporciona melhora dos sintomas.
ABCDExpress 2017;1(2):708Codigo: 63334 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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