O circovírus é um DNA vírus, não envelopado, de fita simples e o agente etiológico da circovirose em aves, que acomete comumente os psitacídeos causando a Doença do Bico e das Penas dos Psitacídeos (Psittacine Beak and Feather Disease - PBFD). A enfermidade é altamente contagiosa e letal, sendo considerada exótica no Brasil. O objetivo da presente revisão é descrever as principais características virais e clínicas do circovírus na Ordem Psittaciformes. O circovírus é de fácil disseminação e sua transmissão ocorre principalmente por aerossóis e pelo pó das penas. Os principais sinais clínicos envolvem alterações e distrofias de penas e, em menor ocorrência, alterações em bico. Sua manifestação clínica ocorre de acordo com a idade e a condição imunológica da ave, podendo se apresentar na forma hiperaguda, aguda ou crônica. Devido sua característica imunossupressora, o óbito por infecções secundárias é comumente relatado. O principal método de diagnóstico laboratorial na atualidade é a reação em cadeia pela polimerase (PCR). Não existe tratamento efetivo para a circovirose (PBFD) e a eutanásia é indicada como forma de controle da doença. Medidas de quarentena e higiene rigorosa devem ser aplicadas para evitar a disseminação do agente em um plantel e, principalmente, o escape viral para vida livre. Isso se faz necessário sobretudo no Brasil, país que detém uma rica diversidade de espécies de psitacídeos.