Introdução Introdução Introdução Introdução IntroduçãoOs programas brasileiros de transferência condicionada de renda veem as mulheres como foco prioritário, e até objeto, de suas intervenções com vistas ao combate à pobreza. A mulher, a partir de seus papéis na esfera doméstica ou de reprodução, tem sido, portanto, a interlocutora principal dessas ações, tanto como titular do benefício quanto no cumprimento das condicionalidades impostas. O Programa Bolsa Família (PBF) é um exemplo paradigmático dessa política. Diante desse contexto, estudiosas feministas têm insistido que a categoria "gênero" não pode ser prescindida das análises sociológicas acerca das ações estatais, que têm por foco a família. Essa categoria de análise contribui para a compreensão da instrumentalização dos papéis femininos nessas políticas.A implantação do PBF, de acordo com suas regras de seletividade e exigências de condicionalidades, bem como com as dimensões assumidas ao incluir mais de 11 milhões de famílias, expressa, em certa medida, a extensão da pobreza no Brasil. Do mesmo modo, a composição do público beneficiário ilustra o quadro de desigualdades persistente na
Este trabalho se propõe a fazer algumas reflexões sobre a relação entre o público e o privado no contexto da operacionalização da política de assistência social, tendo por foco a família e o papel atribuído às mulheres. Há muito se vem criticando o papel instrumental das famílias e das mulheres dentro destas, no desenho das políticas de proteção social, com destaque para os programas de transferência de renda no âmbito da assistência. Com base em pesquisas¹ por nós desenvolvidas nesse âmbito, nossas reflexões são desenvolvidas tendo por eixos a família como locus da política social, com destaque para as políticas de combate à pobreza no âmbito da assistência social; as mulheres; e a mediação entre família e a política de assistência social no contexto do Sistema Único de Assistência Social.
Resumo: O artigo discute resultados de uma pesquisa realizada com mulheres titulares do Programa Bolsa Família (PBF) em Uberlândia-MG e Londrina-PR, de modo a analisar possíveis variações relacionadas à condição de desigualdade, levando-se em consideração o quesito cor/raça das respondentes. Uma análise interna sobre o público atendido pelo Programa Bolsa Família (PBF), nesses municípios brasileiros, nos permite constatar as diferenças existentes, mesmo estando todas essas pessoas em situação de pobreza. As situações de pobreza são multifacetadas e o seu caráter multidimensional envolve situações como aquelas que podem ser explicadas pela variável raça/etnia. Este trabalho trata sociologicamente de algumas das tessituras da vida social de mulheres negras que vivem em situação de pobreza e de extrema pobreza, com experiências marcadas pela condição de gênero e de cor/raça. Nossos resultados indicam que o PBF exerce mais influência no cotidiano das mulheres negras, em comparação com as brancas. Contudo, tal influência não gera o impacto de equalizar a situação entre esses dois grupos de mulheres.
RESUMO: Os direitos reprodutivos foram demarcados, pelo movimento feminista, como parte dos direitos humanos das mulheres. O aborto é um dos direitos contemplados pela concepção de direitos reprodutivos, tendo como argumento central a autonomia das mulheres sobre o próprio corpo. O Serviço Social, que é uma profissão atrelada à garantia de direitos, tem se manifestado nesse debate, por meio do CFESS e enfrentando a reação de setores conservadores que buscam retroceder em direitos já conquistados. É sobre direitos reprodutivos, o aborto no Brasil e o Serviço Social que tratará este artigo.
Este artigo tem por objetivo analisar as relações entre proteção social, família e gênero, com destaque para o contexto das reformas neoliberais e para a centralidade da família. Procura enfatizar como os modelos de proteção social incorporam as famílias e as mulheres a partir do modelo de família nuclear-burguês, reforçando os papeis tradicionais de cuidadora da casa e dos filhos para o bom desempenho, na perspectiva liberal, de programas sociais como os de transferência condicionada de renda. O texto em seu desenvolvimento aborda os sistemas de proteção social baseados no modelo homem provedor e mulher dona de casa e o papel estratégico das mulheres nesses modelos. Além disso, também discute as medidas neoliberais e responsabilização das famílias e das mulheres na proteção social. O texto está organizado em três tópicos: Estado, família e as relações de gênero; a retomada da família no neoliberalismo familista; e, por fim, as mulheres nos programas de combate à pobreza.Palavras-Chave: Estado e família; mulheres e modelos de proteção social; gênero e família. Abstract – This article aims to analyze the relationship between social protection, family, and gender, highlighting the context of neoliberal reforms and the centrality of the family. It seeks to emphasize how social protection models incorporate families and women according to the bourgeois nuclear family model. They reinforce the traditional women roles of homemaker and childrearer when evaluating, from a liberal perspective, the performance of social programs, such as those with conditional transfer of income. The text in its development approaches the systems of social protection based on the model of man as provider and woman as housekeeper, and the strategic position of women in these models. It also discusses neoliberal measures and accountability of families and women in social protection. The text is organized into three topics: state, family, and gender relations; the resumption of family in familial neoliberalism; and finally, women in poverty reduction programs.Keywords: state and family; women and models of social protection; gender and family.
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