RESUMO O estresse corresponde a uma resposta física, psíquica e hormonal que ocorre quando o organismo necessita se adaptar frente a uma situação desafiadora. É uma das respostas mais recorrentes no meio acadêmico devido à rotina exaustiva e conteúdo denso que exigem responsabilidade e competitividade dos estudantes. Na graduação médica, somam-se a estes fatores a preocupação do estudante em aprender o conteúdo discutido em aulas e a pressão exercida pelos próprios acadêmicos, além da cobrança da sociedade. Diante da relevância do tema, este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência do estresse durante a graduação médica em acadêmicos de uma universidade privada da região do Alto Tietê, no Estado de São Paulo. Foram aplicados dois instrumentos de pesquisa, o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL) e a Escala de Estresse Percebido (PSS), em 420 estudantes (67,14% do sexo feminino) matriculados entre os ciclos básico (primeiro e segundo ano) e profissionalizante (terceiro ao sexto ano). Todos os participantes da pesquisa eram voluntários. De acordo com o PSS, foram verificados maiores níveis de estresse entre os alunos do primeiro ao terceiro ano quando comparados aos discentes do quarto ao sexto ano. O ISSL demonstrou a ocorrência de estresse em 65% dos estudantes. Entre estes, 9,04% se encontravam em fase de “quase exaustão” e 0,95% na fase de “exaustão”, as fases mais elevadas dos níveis de estresse, sendo que a ocorrência de sintomas teve prevalência no sexo feminino. Em todas as turmas analisadas, os alunos do primeiro ao terceiro ano apresentaram maior índice de estresse em relação aos demais, o que pode estar associado à distribuição dos conteúdos curriculares com predomínio de disciplinas conceituais, assim como ao processo de transição de conteúdos teóricos para atividades práticas. Estes resultados podem estar vinculados à adaptação dos alunos à rotina das universidades, às disciplinas cursadas e às obrigações que o ensino superior exige.
RESUMO As parasitoses constituem um problema de saúde pública e estão associadas a condições como a superpopulação, aumento da produção de resíduos, a deficiência do saneamento básico e a poluição ambiental. As águas da Represa Billings apresentam florações de bactérias e microorganismos que podem afetar a população geral. Assim, o presente estudo teve como objetivo pesquisar a ocorrência de parasitoses intestinais em adultos residentes e atendidos em uma organização não governamental (ONG) situada no braço Taquacetuba no entorno da Billings. Foram realizadas visitas à ONG para entrevistas sobre as condições sócio econômicas e entrega do frasco coletor das fezes. Foram incluídos 31 participantes com idade média de 25 anos, sendo que a maioria possuía apenas o ensino fundamental, renda familiar de 72% do salário mínimo. A maioria reside em ruas não pavimentadas, próximas a terrenos baldios e sem acesso à rede de esgoto. A análise coproparasitológica indicou positividade em 58% das amostras. Entre os sintomas associados, os participantes referiram dificuldade para defecar, dor de barriga, flatulência e cólicas. Ao final, os pesquisadores forneceram o laudo do exame e realizaram atividades educativas de prevenção e profilaxia das parasitoses onde foram abordados os temas: manejo da água, higiene e coleta de lixo. Os participantes foram encaminhados às Unidades de Saúde para o tratamento apropriado. Conclui-se que as enteroparasitoses em adultos residentes do entorno do Taquecetuba ainda constituem um importante grupo de doenças preveníveis e negligenciadas que afetam as comunidades com uma infraestrutura de saneamento básico deficiente associados à poluição ambiental.
O uso de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no tratamento de doenças pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem aumentado consideravelmente e hoje 29 procedimentos são disponibilizados, sendo que 88% deles são oferecidos na Atenção Básica. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram realizados aproximadamente 1,5 milhões de atendimentos em 2017, entre as práticas mais utilizadas destacam-se a homeopatia e acupuntura. Embora existam evidências científicas que demostrem os benefícios do tratamento da medicina alopata integrada às PICs, ainda existe um desconhecimento tanto da população como dos estudantes e profissionais da saúde sobre o assunto, gerando controvérsias com a busca crescente dos pacientes por esses tratamentos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o conhecimento e o interesse dos acadêmicos de medicina à respeito das PICs. Metodologia: Os dados foram coletados em 2018 a partir de questionário elaborado pelos autores e aplicado a 224 estudantes matriculados no curso de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - SP. Resultados: Do total de entrevistados, verificou-se que 75,8% dos estudantes desconhecem que estas práticas já estão incorporadas ao SUS, contudo, 68,3% demonstraram interesse em inserir conteúdos correlacionados às PICs como componentes curriculares durante a graduação. Conclusão: Apesar do nível de conhecimento da amostra apresentar-se abaixo do esperado, os participantes da pesquisa se mostraram interessados em explorar o assunto. Além disso, foi evidenciada a crescente demanda dos pacientes por esse tipo de tratamento, indicando a necessidade da inserção de tais modalidades nos currículos médicos.
Introdução: A rotina acadêmica de estudantes de medicina pode interferir no ciclo sono-vigília e contribuir para o desenvolvimento da sonolência diurna excessiva (SDE). Essa condição prejudica a qualidade de vida e a capacidade de raciocínio do indivíduo, além de causar fadiga e risco de acidentes. Esse fato aponta para a importância de ampliar os estudos sobre o tema e investigar sua prevalência entre os estudantes de medicina, que muitas vezes apresentam sobrecarga de atividades. Objetivo: Avaliar a frequência de SDE entre estudantes de graduação em medicina, bem como identificar a chance de ocorrência de sintomas de SDE em diferentes etapas do curso de graduação. Método: O Questionário Fletcher e Luckett para avaliação dos distúrbios do sono foi aplicado a estudantes cursando do 1º ao 4º ano de uma escola particular de medicina. O estudo foi transversal e quantitativo, e os dados coletados foram analisados por meio do software R versão 3.5.1 (R Core Team, 2018). Resultados: A prevalência de sintomas pelo menos leves (escore >1) foi observada em 44% dos alunos, sendo que 6% apresentaram escore diário próximo a 2, correspondendo a um grau moderado de gravidade, apresentando sinais de SDE, principalmente entre as mulheres , que apresentaram sintomas intensificados. Conclusão: A sobrecarga de atividades ao longo do currículo médico pode afetar significativamente o ciclo sono-vigília dos alunos, resultando no aparecimento de sintomas de SDE que, uma vez identificados, devem ser acompanhados por ações para preveni-los e alertar os alunos sobre seus riscos.
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