O estudo propõe-se a analisar as dificuldades e facilidades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) frente ao trabalho em equipe. A análise pautou-se na perspectiva hermenêutica-dialética, tendo como referência os princípios do método de interpretação dos sentidos. As dificuldades e facilidades apontadas por eles revelam que trabalhar em equipe demanda relações efetivas, com ênfase na comunicação, respeito e cooperação, sendo as reuniões de equipe estratégia importante para isso. Depreende-se a necessidade de constantes investimentos nas relações entre os membros da equipe.
Resumo O presente estudo caracteriza a aprendizagem de estudantes de Medicina e Enfermagem a partir da inserção na prática profissional em séries iniciais dos cursos. Trata-se de pesquisa documental com abordagem qualitativa, realizada por meio da análise de 21 portfólios de estudantes que cursaram a primeira e a segunda séries dos cursos de Medicina e Enfermagem nos anos de 2015 e 2016, em Instituição de Ensino Superior do interior paulista, que utiliza métodos ativos de aprendizagem e insere os estudantes nos cenários da Atenção Básica. Os dados foram interpretados por meio da modalidade temática de análise de conteúdo. Evidenciou-se que essa inserção possibilita-lhes apreender os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde; compreender os fatores preponderantes no processo saúde-doença de forma ampliada, com cuidados centrados nas necessidades de saúde da família e comunidade; desenvolver habilidades para trabalhar em grupo humanizado e em equipe interdisciplinar, valorizando a empatia. Verificou-se que os estudantes estão aprendendo sobre o Sistema de Saúde vigente no Brasil e praticando suas possibilidades de operacionalização, além dos valores necessários ao desenvolvimento do trabalho em equipe requerido para o cuidado centrado na pessoa.
RESUMO Objetivo: Compreender as contradições envolvidas no processo de reconstrução curricular na formação do enfermeiro, pela percepção dos docentes. Método: Estudo qualitativo, na modalidade interpretativa, no qual foram entrevistados docentes de cursos de enfermagem de três instituições públicas e três privadas. A análise ocorreu por meio da hermenêutica-dialética. Resultados: Participaram 21 docentes. Constatou-se que as propostas de mudanças são permeadas por avanços e resistências, uma vez que o olhar ampliado do processo saúde-doença é contraposto à visão biologicista; a diversificação dos cenários de aprendizagem confronta-se com a hegemonia do cenário hospitalar; a integração ensino-serviço esbarra na desigualdade de participação das partes; e a integração básico-clínica encontra resistência no saber acumulado de cada disciplina. Conclusão: As contradições encontradas, embora inerentes ao processo de mudanças, indicam ser necessário persistência e contínuo movimento de reformulação curricular.
Objetivo: compreender a visão de docentes de cursos de enfermagem sobre os desafios enfrentados no processo de reconstrução curricular. Métodos: pesquisa qualitativa com 21 docentes enfermeiros de seis Instituições de Ensino Superior. A análise dos dados fez-se pela técnica da hermêutica e dialética. Resultados: ocorrem dificuldades na reorganização curricular em relação à capacitação docente conforme as novas exigências sociais e à falta de integração das diferentes áreas do conhecimento. Há ainda, agravantes, como as lacunas de conhecimento do ensino médio, o distanciamento entre formação e mundo do trabalho e o desinteresse em ser enfermeiro. Conclusão: na visão dos docentes há movimento positivo para organização curricular, embora destacados desafios para a formação do enfermeiro, como falta de capacitação dos docentes para o enfrentamento de propostas inovadoras, distanciamento entre o mundo do trabalho e o processo de formação, pouca valorização social da profissão e baixa qualidade do ensino fundamental e médio brasileiro.
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