Introdução: Pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC) apresentam baixa tolerância ao exercício. Objetivo: Identificar, por meio de uma revisão bibliográfica, os indicadores positivos e negativos do treinamento físico em pessoas com IRC, para subsidiar os profissionais e acadêmicos de educação física e áreas afins, como referencial teórico do treinamento físico para nefropatas. Metodologia: Este trabalho caracteriza-se como revisão bibliográfica. Foram utilizadas as bases de dados online MEDLINE/PUBMED, SCIELO e GOOGLE SCHOLAR, utilizando as seguintes palavras chaves: insuficiência renal crônica, qualidade de vida e treinamento físico e as correspondentes em língua inglesa no período de julho a dezembro de 2021. O critério de inclusão foi que o público alvo do estudo estivesse em terapia hemodialítica. Resultados: O exercício físico tem sido bem reconhecido como uma intervenção terapêutica que pode melhorar as alterações fisiológicas, psicológicas e funcionais em pessoas com IRC. Quando estes pacientes são submetidos a exercício físico, observam-se melhorias em muitas funções, como a pressão arterial, função cardíaca (em especial a função ventricular nos pacientes sob tratamento hemodialítico), melhoria da força muscular, da capacidade respiratória, redução da atrofia muscular e com excelentes resultados em relação à qualidade de vida. Os programas de treinamento e exercícios são propostas não farmacológicas seguras e eficazes para essa população, tendo efeitos incrementais na capacidade cardiorrespiratória, condicionamento físico, forca muscular, capacidade funcional, consumo de oxigênio máximo (VO2max), eficiência dialítica, redução dos solutos e resposta hemodinâmica, a atividade física assim como os programas de treinamentos aeróbicos, resistidos e combinados, beneficiam os pacientes renais crônicos, tanto nas fases dialíticas como interdialiticas. O exercício físico, seja aeróbico e/ou de resistência, possui efeitos incrementais na capacidade funcional, função muscular e qualidade de vida de pacientes com IRC e o treinamento físico deve ser considerado como uma modalidade terapêutica importante. Conclusão: De acordo com os artigos pesquisados o treinamento físico traz benéficos para a melhora do estado geral e da qualidade de vida dos pacientes renais crônicos. Sugere-se, portanto, abrir um novo panorama e estimular a realização de novas pesquisas nessa área, com um número maior de pacientes para confirmação desses achados.