Causador da doença COVID-19, o novo coronavírus (SARS-COV2) apresentou rápida disseminação mundial. No Brasil, o primeiro caso confirmado da doença ocorreu em Fevereiro de 2020, e até a primeira quinzena de Junho de 2021, já somava mais de 500 mil mortos pela doença. Embora existam poucas publicações, os pacientes gravemente doentes ou imunocomprometidos com COVID-19, têm maior probabilidade de sofrer de infecções oportunistas como micoses invasivas. A mucormicose tornou-se um motivo de preocupação devido ao seu aumento significativo, inicialmente na India, de casos em comparação com a era pré-COVID-19. Este trabalho relata um caso ocorrido no Hospital Bom Samaritano de Maringá de Mucormicose em paciente em vigência de COVID 19 . Paciente masculino, 65 anos, com reação em cadeia da polimerase da transcriptase reversa (RT-PCR) positiva para síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) em 20/05/2021, foi admitido para tratamento em ambiente hospitalar (por 3 dias, sem necessidade de intubação orotraqueal, fez uso de oxigênio, foi medicado com corticoterapia, diagnosticado no internamento de diabétes méllitus descontrolada e liberado de alta após melhora clinica). No 16° dia da doença evolui com quadro algico em palato e região de zigomatico a direita, associado a lesão necrótica em palato duro a direita .Realizado tomografia de crânio com resultado de imagem hiperdensa em região de seio maxilar e fossa nasal a direita e em região de células etmoidais. Sob hipótese diagnóstica de mucormicose, foi iniciado prontamente anfotericina B pela equipe de infectologia e encaminhado ao centro cirúrgico para debridamento local com as equipes de oncologia, bucomaxilo facial e otorrinolaringologia. Amostra do tecido encaminhada para anatomopatológico com resultado em 17/06/2021 constatou micose com extensa necrose, acometimento vascular e abscessos neutrofílicos consistente com mucormicose . O uso extensivo de esteróides associado ao quadro de diabétes(esta apenas diagnosticada durante o tratamento da COVID 19), neste caso, pode ter contribuido com o desenvolvimento desta doença oportunista que levou o paciente a óbito dia 06/07/2021, porém o desenvolvimento da doença em paciente que não fez uso de imunobiológico e não apresenta doença imunossupressora é incomum quando associado a COVID 19.
Introdução/Objetivo Causador da doença COVID-19, o novo coronavírus (SARS-COV2) apresentou rápida disseminação mundial. No Brasil, o primeiro caso confirmado da doença ocorreu em Fevereiro de 2020, e até a primeira quinzena de Junho de 2021, já somava mais de 500 mil mortos pela doença. Em 18 de Março de 2020, o primeiro caso da COVID 19 foi confirmado na cidade de Maringá/PR, somando até o momento mais de 50 mil casos e mais de mil mortes. O elevado número de casos gerou a saturação de grande parte do sistema privado da cidade, incluindo o Hospital Bom Samaritano de Maringá, gerando a necessidade de adaptações no atendimento hospitalar e ambulatorial dos pacientes. Este trabalho tem como objetivo relatar o bom resultado na realização de alta dos pacientes em vigência do uso de oxigênio complementar com seguimento ambulatorial via telemedicina, permitindo a liberação de leitos para pacientes com maior gravidade. Métodos Visando a alta dos pacientes internados para liberação de leitos a pacientes de maior gravidade, a equipe hospitalar organizou uma força tarefa entre equipe médica hospitalar e equipe de infectologia da instituição, permitindo alta dos pacientes que apresentavam dificuldade no desmame de oxigênio intra hospitalar mas ainda se encontravam em vigência da COVID 19 porém com melhora clínica geral com seguimento por consultas via telemedicina (aplicativo CONEXA) conforme necessidade. Resultados Tal realização permitiu a saída precoce de pacientes em bom estado clinico, porem com dificuldade do desmame de oxigênio, do ambiente hospitalar possibilitando o desmame conforme necessidade em domicilio associado a consultas com equipe de infectologia via telemedicina para orientação e seguimento. Após o termino do isolamento e desmame de oxigênio a consulta presencial foi preconizada. Como resultado positivo, vagas hospitalares foram liberadas para pacientes de maior gravidade. Aos pacientes que tiveram o acompanhamento domiciliar, um questionário de qualidade foi enviado para avaliação da equipe médica e atendimento, o qual obtiveram nota máxima de aproveitamento. Conclusão Conclui-se que o método empregado, realizado em em ambiente emergencial devido a grande demanda hospitalar frente a pandemia da COVID 19, apresentou resultado significativamente positivo, permitindo alta com maior segurança do paciente, acompanhamento e seguimento do mesmo, tal como liberação de vagas necessárias em ambiente hospitalar.
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