Objetiva-se revisar a literatura no que diz respeito à indução da lactação em mulheres transgênero, buscando publicações, em qualquer ano, que tratem dos aspectos pertinentes a esse tema. Trata-se de uma revisão integrativa e sua sistematização deu-se através das seguintes etapas: a) identificação da questão norteadora, b) busca na literatura digital, c) avaliação dos achados, d) análise interpretativa dos resultados, e) discussão com sumarização do conhecimento. Para a busca, utilizou-se combinações dos seguintes termos de indexação: lactação, amamentação, mulheres trans e mulher transgênero (e seus correlatos em inglês). A coleta de dados foi realizada durante o mês de setembro de 2022 nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Inicialmente, 27 publicações foram identificadas durante a busca. Após a aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão, obteve-se um total de 09 trabalhos para inclusão nesse estudo. É possível observar que há uma escassez de trabalhos sobre o tema na literatura mundial. O aleitamento configura-se como uma estratégia de afirmação de gênero para a mulher transgênero e deve ser encorajado sempre que possível. A produção de leite é possível através de um protocolo que consiste em: estimulação e expressão do tecido mamário, uso de antiandrogênios e de galactagogos e aumento com posterior redução dos níveis séricos de estrogênio e de progesterona, respectivamente. Conclui-se, portanto, que a indução da lactação em mulheres transgênero é factível, econômica, acessível e potencialmente segura. Todavia, faz-se necessário o fomento à pesquisa sobre essa temática a fim de responder os diversos questionamentos remanescentes existentes.
Introdução: A transgeneridade é um fenômeno que pode ocasionar sofrimento psíquico naqueles que o vivenciam, configurando o que se chama de “disforia de gênero”. Apesar dos avanços, sabe-se que esse grupo é mais vulnerável ao adoecimento mental - principalmente caso não haja uma terapia de afirmação de gênero adequada. Objetivo: Expor quadro de disforia de gênero severa agravado pela falta de intervenção multidisciplinar apropriada. Descrição do caso: Menina transgênero, 13 anos, iniciou quadro de humor deprimido, automutilação, ideação suicida, descuido com higiene, mutismo e retraimento social desencadeado pela não aceitação dos seus caracteres sexuais. O mutismo estava relacionado ao descontentamento com sua voz, de tonalidade grave. Não realizava comunicação verbal em casa ou nas consultas que, mesmo presenciais, eram feitas por cartas. Uma demanda era o bloqueio hormonal da puberdade, mas os especialistas da cidade não se sentiam seguros para conduzir o caso. Hoje, após se mudar para um grande centro com a família, realiza terapia multidisciplinar e tratamento farmacológico, sendo acompanhada por psiquiatra, endocrinologista e fonoaudióloga, com melhora do quadro de adoecimento mental. Conclusão: O relato reafirma a necessidade da equipe multidisciplinar capacitada para abordagem e manejo da disforia de gênero e demais patologias que acometam indivíduos transgêneros. Observa-se a falta de acesso ao serviço em diversas áreas, sendo necessário, portanto, proporcionar um cuidado acessível para garantia da saúde desta população.
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