A proposta desse artigo é identificar se as informações sobre as políticas de inclusão no Ensino Superior estão efetivamente chegando àqueles que constituem seu público alvo, ou seja, os jovens que estão concluindo o ensino básico nas escolas públicas e/ou que fazem parte de grupos étnico-raciais minoritários. Assim, partindo desse questionamento, apresentamos no presente trabalho informações a respeito do nível de informações e de conhecimentos de estudantes de terceiro ano de ensino médio de uma escola pública e outra privada do município de Limeira-SP sobre as políticas de ação afirmativa. Os dados, obtidos por meio de questões incluídas em um questionário socioeconômico respondido por noventa e três estudantes (quarenta e oito na escola pública, quarenta e cinco na escola privada) e em entrevistas semi-estruturadas realizadas com cinco desses estudantes (três na escola pública, dois na escola privada), revelam que os estudantes da escola privada, embora não estejam no horizonte de contemplação de tais políticas, possuem um nível de informação mais elevado a respeito das mesmas, enquanto entre os estudantes da escola pública, que se incluem no grupo de possíveis beneficiários, o nível de desconhecimento e desinformação mostra-se bastante elevado. Sob essa perspectiva, chama a atenção o fato de que somente um estudante da escola pública assinalou conhecer e saber explicar o funcionamento das políticas de ação afirmativa. Essas constatações denotam a importância e a urgência de que sejam elaboradas estratégias mais eficazes de divulgação e explanação de tais políticas para esses estudantes, que compõem justamente seu público alvo.
Pesquisas e planejamentos educacionais têm esbarrado em inúmeras dificuldades, principalmente metodológicas, para desenvolver-se. Neste artigo, discutiremos as dificuldades existentes em pesquisas educacionais referentes à linguagem, à s relações entre a pedagogia e as outras ciências humanas, aos riscos do abstracionismo pedagógico, aos desafios para que a Pedagogia estabeleça uma metodologia própria e à postura do pesquisador ante seu objeto, que constantemente constitui-se como outro sujeito. Objetivamos, assim, contribuir para reflexões acerca da importância do desenvolvimento de pesquisas educacionais que não enveredem por um abstracionismo pedagógico, tampouco por um teoricismo vago.
No artigo apresentam-se informações sobre a utilização da internet e das redes sociais por estudantes de terceiro ano de ensino médio de duas escolas (uma pública, outra privada) de Limeira-SP, como recorte de uma investigação sobre as expectativas desses jovens em relação ao ensino superior nos anos de 2018 e 2019. A pesquisa se desenvolveu por meio da aplicação de questionários socioeconômicos e entrevistas semi-estruturadas. As condições de acesso à internet eram similares para ambos os grupos, mas havia distinções fundamentais em relação ao uso desses recursos. Para os estudantes da escola privada, essas ferramentas mostraram-se importantes para a aquisição de conhecimentos e informações relevantes para o ingresso no ensino superior. Aos jovens da escola pública, por sua vez, esses recursos mostraram-se importantes para obter informações básicas sobre os processos seletivos e as políticas de ação afirmativa.
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