O artigo teve como objetivo analisar as representações de escola que autores(as) de autobiografias – nascidos(as) em Minas Gerais a partir do final do século XIX e considerados novos letrados – construíram ao longo de suas trajetórias de vida e produziram em suas obras. Foram analisadas sete autobiografias, compreendidas como documentos significativos para se alcançar as experiências pessoais de um grupo que construiu representações singulares sobre a escola. Chegou-se à conclusão de que a escola, para os novos letrados, foi supervalorizada, sobretudo como mecanismo de inclusão em uma sociedade que, ao longo dos anos - entre o tempo das memórias e o tempo da escrita - viu crescer a valorização da escolarização e da alfabetização. Os(as) autores(as) buscaram, por meio da escola, se incluírem no grupo daqueles que, pela via do conhecimento, ocupava lugares de distinção. A escrita de um livro pareceu configurar o desfecho ideal dessa ascensão simbólica.
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