As Unidades de Conservação (UCs) são áreas especialmente protegidas com o objetivo de conservar a biodiversidade e outros atributos naturais nelas contidos. O fortalecimento da comunicação, educação e sensibilização pública para participação e controle social das UCs são estratégias apontadas para o alcance desse objetivo, sendo a Educação Ambiental (EA) um instrumento adequado para esse fim. A Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental no âmbito do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (ENCEA) trouxe aos diferentes atores das UCs, e de seu entorno, um marco referencial orientador na implantação de programas, projetos e ações de comunicação e EA. No intuito de contribuir para a implementação desta política no Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) do Rio Grande do Sul, o presente trabalho objetivou revelar o perfil, as fragilidades e potencialidades das ações de EA desenvolvidas pelas escolas nas UCs situadas na Bacia Hidrográfica do Guaíba, região com maior impacto antrópico no estado. A metodologia consistiu na aplicação de um questionário semiestruturado às instituições de ensino básico localizadas nos municípios pertencentes a seis bacias hidrográficas dessa Região. Os questionários, compostos por 27 perguntas distribuídas entre abertas e fechadas, foram enviados via correio eletrônico, com o uso da ferramenta Google.Docs, no período de março a maio de 2014. Foram respondidos 84 questionários, oriundos de instituições de ensino de 47 municípios pertencentes às seis bacias hidrográficas contempladas no estudo. Com base nos resultados pode-se inferir que é limitada a inserção do tema UC nas escolas da região, evidenciada pela pouca utilização dessas áreas nas atividades de EA. Tal cenário revela que as principais políticas públicas relacionadas à EA não têm alcançado este segmento como um todo. Assim, à luz da ENCEA, percebe-se que há um longo caminho a ser trilhado para a completa implementação dessa política no SEUC/RS. Para tal, são apresentadas neste trabalho algumas medidas que devem ser tencionadas junto aos órgãos gestores das políticas de comunicação e EA no âmbito das UCs e aos órgãos responsáveis pela elaboração do Plano Estadual de EA.
As aves constituem-se um grupo animal muito pesquisado e conhecido, servindo como bioindicadoras da qualidade ambiental de determinado local devido às respostas rápidas que apresentam frente às alterações ambientais. No Rio Grande do Sul são listadas 661 espécies de aves sendo que dessas, 170 ocorrem nos parques urbanos de Porto Alegre. Os ambientes urbanos caracterizam-se por possuírem fragmentos de áreas verdes como praças e parques que servem de abrigo e refúgio para espécies de animais silvestres. Estes espaços facilitam o fluxo gênico, a migração e a busca por alimento, além de servirem como locais para nidificação. Este trabalho visou realizar o levantamento avifaunístico do Parque Moinhos de Vento, localizado em Porto Alegre, na primavera de 2013. Foram identificadas 29 espécies de aves, distribuídas em 07 ordens e 18 famílias. Foram obtidos dois novos registros para o Parque Moinhos de Vento: Cyclarhis gujanensis (Pitiguari) e Icterus pyrrhopterus (Encontro). Este parque abriga importantes ecossistemas que servem de habitat para a fauna silvestre, especialmente as aves, sendo fundamental o seu conhecimento e acompanhamento para a conservação deste ambiente de forma sustentável.
As unidades de conservação (UC) brasileiras têm apresentado um cenário de expansão do seu uso público, em especial naquelas da categoria Parque. Este cenário promissor pode trazer riscos ao ambiente, pois quando mal planejado e gerenciado este uso pode provocar diversos impactos negativos. Se faz necessário, portanto, estudos de monitoramento e controle dos impactos da visitação, de preferência baseados na aplicação de indicadores, como os indicadores sociais, que podem ser de grande utilidade para a compreensão das relações das pessoas entre si e com o ambiente visitado. O presente estudo avalia os impactos da visitação em trilhas do Parque Natural Morro do Osso (PNMO), UC de proteção integral localizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a partir do uso dos indicadores sociais resíduos sólidos e qualidade da experiência da visitação. O estudo foi desenvolvido no período do outono de 2019 ao verão de 2020, a partir de coletas em campo e aplicação de questionários aos visitantes. Os resultados indicam que a estação do ano com maior registro de resíduos sólidos é a do outono, marcadamente o período de maior visitação do Parque, não sendo evidenciado um incremento significante nos valores em ambas as trilhas avaliadas, nos últimos quatro anos, resultado coerente com o pouco acréscimo da visitação nesse período. Quanto a avaliação da percepção ambiental dos visitantes, evidencia-se que o seu perfil não se alterou nos últimos anos. Em relação à qualidade da experiência dos visitantes, estes manifestaram terem ficado muito satisfeitos com a visitação ao PNMO, avaliando positivamente quase todos os aspectos abordados, exceto no que diz respeito aos danos ambientais, representados principalmente pela presença de pichações em rochas.
O crescente aumento da urbanização é responsável por uma significativa mudança nos sistemas ecológicos, atingindo a avifauna e a flora presentes. A presença de parques e praças urbanas, onde há predominância de vegetação, é de extrema importância para a reprodução e habitação das aves que fazem parte das cidades. O presente estudo objetivou contribuir com a identificação da avifauna associada ao Largo Zumbi dos Palmares e das Praças General Braga Pinheiro e dos Açorianos, logradouros localizados em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Os dados amostrais foram coletados no dia 05 de novembro de 2014, durante uma saída a campo no turno da manhã. Foram registradas 20 espécies, as quais foram fotografadas e identificadas com auxílio de literatura específica. As espécies mais abundantes na área de estudo foram Passer domesticus, Turdus rufiventris, Columba livia e Zenaida auriculata. O número de espécies registrado no presente estudo é relativamente baixo, considerando as riquezas de espécies registradas para outras áreas verdes da cidade. Talvez isto esteja relacionado à pouca diversidade vegetacional encontrada na área. Assim, a idéia de que a riqueza da avifauna está relacionada à riqueza da vegetação é uma grande motivação para que áreas bem arborizadas sejam mantidas nos centros urbanos.
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