A volatilização de amônia (NH3) é a principal perda de nitrogênio (N) responsável pela baixa eficiência da uréia aplicada na superfície do solo. Este trabalho objetivou avaliar os efeitos do modo de aplicação da uréia e da forma de manejo dos resíduos de aveia preta sobre a volatilização de amônia, em dois solos com diferentes teores de argila e matéria orgânica, sob condições de laboratório. Foram conduzidos dois experimentos num Nitossolo Vermelho (NV) e num Neossolo Quartzarênico (NQ), contendo 520 e 50g kg-1 de argila, respectivamente. Os tratamentos consistiram de três formas de manejo do fertilizante nitrogenado (sem N, uréia aplicada na superfície e uréia incorporada ao solo) e três métodos de manejo dos resíduos de aveia (sem palha, palha aplicada na superfície e palha incorporada ao solo). Utilizou-se o equivalente a 4,0mg ha-1 de palha e 255kg ha-1 de N. As unidades experimentais foram constituídas por colunas de PVC, contendo 1,47kg de solo argiloso e 2,1kg de solo arenoso. As colunas foram hermeticamente vedadas e a parte superior foi conectada, através de uma mangueira plástica, a frascos coletores com ácido sulfúrico. A quantidade de N-NH3 volatilizada foi determinada por arraste de vapor, em diferentes períodos, após a implantação do experimento. A aplicação superficial da uréia proporcionou maior volatilização de N-NH3 do que sua incorporação, nos dois solos. A manutenção da palha sobre a superfície do solo estimulou a perda de N-NH3 no solo arenoso, independentemente da forma de aplicação da uréia ao solo. A perda de N-NH3 foi numericamente maior e o período de máxima volatilização ocorreu antes no NQ, provavelmente devido ao menor teor de argila, à matéria orgânica e à menor capacidade de troca de cátions, relativamente ao NV.
A lixiviação de nitrato é um dos principais processos responsáveis pela perda de nitrogênio do solo. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito da forma de aplicação da uréia e do manejo dos resíduos culturais de aveia preta sobre as perdas de N por lixiviação, em solos com diferentes conteúdos de argila e matéria orgânica (MO). Dois experimentos foram conduzidos em laboratório, num Nitossolo Vermelho (NV) e num Neossolo Quartzarênico (NQ), contendo 520 e 50g.dm-3 de argila, respectivamente. Os tratamentos consistiram da combinação de três sistemas de manejo da cobertura de inverno (sem palha, palha aplicada na superfície e palha incorporada no solo) e três formas de aplicação do adubo nitrogenado (sem N, N na superfície e N incorporado). Utilizou-se palha de aveia preta, na quantidade equivalente a 4Mg.ha-1. As doses de N foram de 129 e 90mg.kg-1 de solo para o NV e NQ, respectivamente, na forma de uréia sólida. A lixiviação foi aproximadamente quatro vezes maior no NV do que no NQ quando não se aplicou nitrogênio. A aplicação superficial da uréia propiciou menor lixiviação de N do que a incorporação, nos dois solos estudados. A adição da palha de aveia sobre a superfície do solo aumentou a lixiviação de N no NV, independentemente do manejo da adubação nitrogenada. A aplicação do N na superfície e a incorporação dos resíduos de aveia ao solo mantiveram maior quantidade de nitrogênio mineral (N-NO3-1 + N-NH4+1) remanescente no NV. A quantidade de N remanescente foi maior no NV do que no NQ.
*Autor correspondente
O método de aplicação dos resíduos vegetais e dos fertilizantes nitrogenados pode afetar as reações do nitrogênio no solo, principalmente no plantio direto. O presente trabalho objetivou avaliar esses efeitos na disponibilidade de N para o milho em dois solos, em casa-de-vegetação. Combinações de métodos (ausência, incorporada ou na superfície) de adição de palha de aveia (0,4kg m-2) e uréia (50mg N kg-1) foram aplicadas em unidades experimentais (7dm³ vaso-1) de dois solos, perfazendo um fatorial 3 x 3 x 2. O milho foi semeado no dia da aplicação dos tratamentos e as plantas foram cultivadas durante trinta dias, sobre um Neossolo e um Nitossolo, respectivamente com 50 e 520g kg-1 de argila e 8 e 48g kg-1 de matéria orgânica. A aplicação de palha de aveia, principalmente sobre a superfície do solo, beneficiou o desenvolvimento das plantas, possivelmente pela manutenção de maior quantidade de umidade nos solos. A aplicação de uréia não afetou nenhum parâmetro vegetal no solo argiloso, talvez porque a decomposição da matéria orgânica liberou mais N do que a imobilização ocasionada durante a decomposição da palha; no solo arenoso, entretanto, a uréia foi benéfica quando incorporada ao solo, e prejudicial quando adicionada na superfície, provavelmente devido à toxidez de amônia. Dessa forma, o efeito da decomposição da palha de aveia na disponibilidade de N foi função do teor de matéria orgânica original do solo.
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