Bebês buscam ativamente interações sociais, favorecendo trocas afetivas consideradas essenciais ao desenvolvimento. Investigações a respeito propiciam maior compreensão do processo de desenvolvimento emocional infantil. O objetivo deste estudo foi traçar um panorama atual acerca das trocas afetivas mãe-bebê, examinando características das publicações científicas nessa temática entre 2008 e 2018. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura que permite uma síntese de conhecimentos a respeito, tendo-se empreendido uma busca nas bases de dados Web of Science, PsycNet, PUBMED, Scielo e LILACS. Foram selecionados 17 artigos para análise, após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, sendo pré-estabelecidas categorias para analisar os estudos. Os resultados indicaram baixo número de publicações sobre o tema no período considerado (sendo 2018 o ano com maior número), predomínio de estudos transversais, em grandes centros urbanos, com crianças de zero a 36 meses. A temática geral mais abordada foi a da dinâmica e circunstâncias das trocas afetivas iniciais. Foi possível apontar lacunas quanto à necessidade de estudos voltados para a diversidade cultural, contemplando diferença de sexo dos bebês e que incluam microanálises de comportamentos afetivos e turnos nas trocas afetivas. Argumenta-se ainda a necessidade de novos estudos brasileiros em que se explorem contextos socioeconômicos diversos.
Trocas afetivas favorecem o desenvolvimento inicial e podem ser impactas por metas maternas. Esse estudo investigou trocas afetivas e tentativas de trocas afetivas, metas maternas de socialização emocional e associações entre esses domínios. Foram filmadas observações de 20 mães e bebês (dois/três meses) do Rio de Janeiro e as mães foram entrevistadas. Realizou-se análise de vídeo e de conteúdo e os resultados indicaram, em média, 5,5 trocas e 13,8 tentativas por díade, e 2,38 turnos por troca. A mãe foi quem mais frequentemente promoveu trocas afetivas (90%) e tentativas de trocas afetivas (99%), pela fala. Nas trocas, o sorriso do bebê foi a expressão emocional predominante, e dos comportamentos afetivos maternos, a fala. Análise das entrevistas indicou valorização de metas de autonomia, prezando relações de proximidade, sem serem encontradas associações entre metas maternas e características das trocas analisadas. Certa complexidade já está presente nas trocas afetivas mãe-bebê no momento do desenvolvimento e contexto estudados. Novos estudos devem explorar contextos e variáveis sociodemográficas diversos.
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