Objetivo: Avaliar os resultados do Analisador de Espessura Retiniana (RTA) em olhos com buraco macular e compará-los aos achados da biomicroscopia do segmento posterior, retinografia e fluoresceinografia. Métodos: Foram estudados por meio do analisador de espessura retiniana, biomicroscopia do segmento posterior, retinografia e fluoresceinografia, dez olhos de seis pacientes com diagnóstico de buraco macular. Destes, 8 foram examinados antes de qualquer tratamento, e dois, após o tratamento do buraco macular pela vitrectomia. Resultados: Em dois olhos com diagnóstico de buraco macular pelo exame clínico e outros exames complementares, a opacidade dos meios impediu a análise pelo analisador de espessura retiniana. O corte óptico do analisador de espessura retiniana mostrou concordância com os achados clínicos e com os observados nos oito olhos em que o exame foi possível. O corte topográfico nos dois olhos que apresentavam buraco macular fechado pela cirurgia mostraram espessura foveal média normal, e nos seis olhos com buraco macular não operado, espessura foveal média aumentada. Conclusão: O corte óptico do analisador de espessura retiniana evidenciou o buraco macular, forneceu informações sobre sua largura e profundidade e comprovou o fechamento do buraco após a vitrectomia. O corte topográfico do analisador de espessura retiniana mostrou espessura foveal média normal nos dois casos de fechamento do buraco macular e, espessura foveal média aumentada em todos os seis olhos não operados. Retinal thickness analyzer (RTA) in evaluation of macular hole INTRODUÇÃOBuraco macular idiopático é uma entidade clínica bem definida, que é acompanhada de significativa baixa da acuidade visual (BAV), usualmente de 0,2 ou pior. Afeta predominantemente mulheres na sexta década e tem uma prevalência de aproximadamente 0,3% em indivíduos acima de 55 anos (1)(2) . A BAV deve-se provavelmente à deiscência de tecido neurossensorial na região central da mácula, causada por retração centrífuga dos fotorreceptores secundária à contração e retração do vítreo na região foveolar e parafoveolar, e ao efeito de uma pequena orla de fluído subretiniano que circunda o buraco e separa a retina sensorial do epitélio pigmentar da retina (EPR) (3) . Gass (4) sugere que o buraco macular começa como um descolamento da retina foveolar. Outros autores sugerem que a formação de cistos intra-retinianos estão associados com a formação do buraco macular (5)(6)(7)(8)(9) .
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