Using my 14-month ethnographic research at Old Bank, in the Caribbean coast of Panama, I seek to map how the domains I knew of this village were shaped by the multisensory relationships I established with my interlocutors and the spaces in which they lived, circled, and projected their voices. In dialogue with the Caribbean literature, I show how the locally established contrasts between before and today, as well as the existence of the distinct neighborhoods of the village, expressed the historical process of space occupation, based on the use, inheritance and collective ownership of family land. Finally, connext Ingold's argument about landscape with ethnographic data, underlining how Old Bank´s time and space are created through the relationship between human beings and God.
ResumoO contexto cabo-verdiano (no passado e no presente) é caracterizado por uma forte relação entre família e mobilidade, sugerindo que as práticas e concepções locais sobre parentesco não se esgotam no sangue, nem na partilha de substância em situação de co-presença. Partindo da minha experiência etnográfica entre mulheres cabo-verdianas na cidade italiana de Nápoles, o objetivo deste texto é refletir sobre a maneira como mobilidade e parentesco se relacionam na prática, assim como sobre as repercussões que a análise do caso cabo-verdiano pode ter sobre os estudos de parentesco na antropologia.Palavras-chave: Cabo Verde,
Na vila de Old Bank (localizada na costa atlântica do Panamá), experiências e narrativas sobre parentes, espíritos e bruxos interagem com duas doutrinas cristãs (metodista e adventista), ambas presentes na vila há mais de cem anos e vinculadas ao mesmo processo histórico pelo qual os ancestrais afro-caribenhos da população local chegaram a Old Bank. Com base em pesquisa etnográfica de 14 meses, investigo a maneira como os habitantes locais se relacionam com Deus: esta agência que, embora (in)visível, está fortemente presente na vida deles, inclusive em seus corpos. Ao focar no caso de pessoas batizadas em uma das instituições locais, argumento que elas produzem uma mudança intencional em suas vidas e corpos, transformando a maneira como se relacionam com espíritos, bruxos e parentes – seres cuja presença também é intensa na vida e corpos locais, em especial durante os rituais fúnebres denominados de nain nait. Nesse contexto, reflito sobre os conceitos nativos de pessoa e de corpo, investigando a coexistência que se manifesta em Old Bank entre agências (não)humanas (i)materiais (in)visíveis e a maneira como ela contribui para o debate antropológico sobre parentesco, materialidade, agência e religião no Caribe.
Este artigo explora relatos sobre experiências acadêmicas das autoras para refletir sobre formas de aprender e ensinar antropologias capazes de incorporar seu potencial reflexivo à prática docente. Em diálogo com autores e autoras que analisam criticamente as raízes coloniais da disciplina,argumentamos que o método de ensino ancorado na dualidade Nós versus Outros tende a produzir antropólogas e antropólogos identificadas com o Nós nessa dualidade e isso é politicamente perigoso. Realizada sobre o pano de fundo da democratização do acesso ao Ensino Superior no Brasil e do fenômeno do “renascimento indígena”, a análise enfatiza o crescente protagonismo das populações originárias nos debates globais e argumenta pela necessidade de recusar o método hegemônico de ensinarantropologia. Por fim, sugerimos orientar os cursos introdutórios para a pluralidade de antropologias que compõem este campo de conhecimentos e suas condições de produção.
O que acontece quando o direito de minorias étnicas e religiosas parece ser incompatível com o direito nacional, os direitos humanos internacionais e os direitos das mulheres? Pensar tal questão é o objetivo deste trabalho, que foca no impasse emtorno das Intervenções Genitais Femininas (IGF). Partindo dadefinição de Mutilação Genital Feminina (MGF), fornecida pelaOrganização Mundial de Saúde (OMS) em 1997, busca-se analisar aconstrução do conceito de MGF, assim como o impacto das legislações e das políticas públicas estabelecidas a partir dele. Para tanto, as autoras tomam como caso de estudo a Itália, um dos países com maior índice de MGF. Paralelamente, realizamos uma reflexão acerca das diversas formas de IGF (MGF, Circunci-são Feminina, Cirurgia de Correção de Genitália, Cirurgia ‘Cosmética’ Genital Feminina), com o intuito de compreender o quehá (ou não) de violento em cada tipo de IGF.
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