O grande ciclo de expansão da urbanização no Brasil é relativamente recente. O seu início se articula com um conjunto de mudanças estruturais na economia e na sociedade brasileira, a partir da década de trinta do século vinte. O objetivo principal desse artigo é analisar o grande ciclo de expansão da urbanização brasileira, principalmente depois da década de quarenta, mostrando as mudanças que ocorreram após os anos setenta, com especial destaque para a importância das aglomerações metropolitanas. Resultados indicam que o grande ciclo de expansão da urbanização apresenta um ponto de inflexão a partir de 1980, quando: (1) o grau de urbanização continua crescente, entretanto, a uma velocidade mais reduzida; (2) as taxas de crescimento da população urbana diminuem o seu ritmo de crescimento aceleradamente e, somente nos anos noventa, nota-se uma relativa desaceleração, provavelmente em função do aumento do êxodo rural; (3) há uma relativa desconcentração da população urbana, nitidamente favorável às cidades entre 100 e 500 mil habitantes, principalmente, aquelas fora dos municípios metropolitanos, que têm sido, provavelmente, um dos destinos preferenciais dos migrantes; (4) os aglomerados metropolitanos mantêm a sua grande importância, entretanto, o seu peso no conjunto da população urbana, e no seu crescimento, têm diminuído, provavelmente, em função do declínio dos níveis de fecundidade e da redução das migrações. Não pode deixar de ser evidenciada a redução da importância demográfica dos núcleos dos aglomerados, principalmente, devido ao aumento da migração intra-metropolitana.
O trabalho investiga a existência de relação de similaridade entre as características gerais dos representantes eleitos nas assembleias legislativas e o perfil demográfico e socioeconômico da população em idade de votar nas grandes regiões e nos estados brasileiros. O estudo analisa comparativamente o perfil dos representantes eleitos no que se refere às suas características gerais, ou seja, sexo, idade, nível de escolaridade e ocupação no período de 1998 a 2010, em relação às características gerais da população no que diz respeito à idade, sexo, nível educacional e nível de renda. Conclui-se que as casas legislativas dos estados brasileiros não apresentam, de modo geral, semelhança com as características da sociedade brasileira, uma vez que não espelham de forma fidedigna a sociedade como um microcosmo de quem a representa.Palavras-chave: Estado e sociedade, sistema eleitoral, demografia, condição socioeconômica [Artigo recebido em 20 de maio de 2015. Aprovado em 2 de março de 2016.]
Resumo Estudo sobre as chances de sucesso eleitoral do Poder Executivo local com base na evolução do perfil de candidatos e eleitos. Foram analisados os resultados das eleições municipais ocorridas em 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016 segundo sexo, idade, escolaridade e ocupação, que revelassem fatores de influência para o perfil dos prefeitos vitoriosos. A metodologia envolveu pesquisa documental e bibliográfica. Tendo como base teoria de campo e capital político de Bourdieu (2011), foram analisados dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral mediante teste do qui-quadrado e de regressão logística. Os resultados indicaram o sexo e a ocupação declarada como fatores de influência determinantes no perfil dos eleitos. Observou-se diminuição das chances de sucesso eleitoral de candidatos do sexo masculino ou oriundos de carreira política nas eleições ocorridas em 2012 e em 2016.
Now that racism has been officially recognized in Brazil, and some universities have adopted affirmative-action admission policies, measures of the magnitude of racial inequality and analyses that identify the factors associated with changes in racial disparities over time assume particular relevance to the conduct of public debate. This study uses census data from 1950 to 2000 to estimate the probability of death in the early years of life, a robust indicator of the standard of living among the white and Afro-Brazilian populations. Associated estimates of the average number of years of life expectancy at birth show that the 6.6-year advantage that the white population enjoyed in the 1950s remained virtually unchanged throughout the second half of the twentieth century, despite the significant improvements that accrued to both racial groups. The application of multivariate techniques to samples selected from the 1960, 1980, and 2000 census enumerations further shows that, controlling for key determinants of child survival, the white mortality advantage persisted and even increased somewhat in 2000. The article discusses evidence of continued racial inequality during an era of deep transformation in social structure, with reference to the challenges of skin color classification in a multiracial society and the evolution of debates about color, class, and discrimination in Brazil.
BACKGROUND: The fragility of healthcare systems worldwide had not been exposed by any pandemic until now. The lack of integrated methods for bed capacity planning compromises the effectiveness of public and private hospitals' services. OBJECTIVES: To estimate the impact of the COVID-19 pandemic on the provision of intensive care unit and clinical beds for Brazilian states, using an integrated model. DESIGN AND SETTING: Experimental study applying healthcare informatics to data on COVID-19 cases from the official electronic platform of the Brazilian Ministry of Health. METHODS: A predictive model based on the historical records of Brazilian states was developed to estimate the need for hospital beds during the COVID-19 pandemic. RESULTS: The proposed model projected in advance that there was a lack of 22,771 hospital beds for Brazilian states, of which 38.95% were ICU beds, and 61.05% were clinical beds. CONCLUSIONS: The proposed approach provides valuable information to help hospital managers anticipate actions for improving healthcare system capacity.
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