O presente estudo traz um mapeamento dos espaços verdes urbanos (EVU - espaços predominantemente de cobertura vegetal em uma área maior a 625m2) na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), bem como uma análise de relação per capita de tais espaços na escala intraurbana. Para realizar a análise foram utilizadas as Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) que consistem na ponderação socioeconômica dos setores censitários, especificamente os setores do tipo urbano, segundo a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estas UDHs foram categorizadas em cinco classes e assim, verificou-se a dimensão da carência dos EVU conjugada à uma alta densidade populacional, que corresponde à 30% da área analisada, onde habitam 76,44% da população metropolitana. Além da carência per capita dos espaços verdes, foram analisadas e discutidas as zonas onde esta relação possui scores altos. Neste caso, tais valores estão relacionadas à baixa densidade populacional e a presença de amplos espaços verdes do cinturão verde do planalto paulistano, localizados na zona periurbana.
Apesar do conceito de áreas verdes urbanas parecer cristalizado na literatura cientifica brasileira, após a promulgação da Lei nº 12.651/2012 (conhecida como Novo Código Florestal) o termo passou a ter aplicação diferente, porém pouco difundida. Constatou-se assim, que o termo áreas verdes urbanas não se aplica à maioria dos estudos e análises técnicas-científicas, uma vez que as áreas verdes urbanas teriam de estar localizadas em locais indisponíveis para moradias, conforme explana este artigo. Em seguida, os autores correlacionam áreas verdes urbanas com o termo espaços verdes urbanos, ao qual apresenta-se mais apropriado em termos de aplicabilidade científica e não possui restrições legais ou técnicas. Para além da importante revisão conceitual, o artigo discorre sobre a importância destes espaços em termos da gestão e sob a égide dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização da Nações Unidas. Por fim, há uma reflexão da importância de estabelecer os espaços verdes urbanos como equipamentos urbanos e terem vitalidade para a efetividade da sustentabilidade nas cidades.
During the COVID-19 pandemic, urban green spaces were considered less prone to contagion, and thus people adopted them as alternative sites for improving mental health. The One Health concept advocated by health organizations worldwide supports the idea that the well-being of urban residents is strongly linked with physical activity in green areas. As the world grapples with the physical and mental health consequences of the COVID-19 pandemic, it becomes clearer that access to urban green spaces is a human rights issue. This study compared previously-mapped urban green spaces in five metropolitan regions in Brazil with the results of an extensive survey of municipal managers concerning possible increase in demand of population for green spaces. Urban green spaces of over 625 m2 were mapped in 117 municipalities, the total area of 4170 km2 representing 37.4% of the urban spaces analyzed in the five metropolitan regions. Out of these 117 municipalities, 49 had data available concerning demands of green spaces in the pandemic context. Overall, 20 municipalities (representing all five metropolitan regions) stated that there was an increase in visitation in urban green spaces, and 13 more indirectly suggested possible demands. When sustainability transitions are understood as geographical processes that happen in concrete places, urban green spaces then represent real locations where sustainable transitions can begin. The unequal distribution of these spaces also brings into consideration a social justice perspective, as well as aspects of public health that involve climate change resilience and epidemiological risk (SDG 11).
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