Estudo exploratório, cujo objetivo foi analisar a necessidade de educação permanente da equipe de enfermagem para o cuidar nos serviços de saúde mental. Foram estudados trinta e sete profissionais de enfermagem de saúde mental. Como resultados, verificou-se que a equipe de enfermagem de saúde mental demanda qualificação de amplo espectro. Conclui-se que a educação permanente da equipe de enfermagem de saúde mental exige, além de programas educacionais baseados em definição de competências específicas, processos educativos críticos que visem o desenvolvimento de conhecimentos de caráter interdisciplinar.
Reflexão teórica que pretende analisar a interdisciplinaridade como um elemento fundamental para a formação da enfermeira psiquiátrica na perspectiva da atenção psicossocial. A interdisciplinaridade tem sido considerada por diversos autores como uma alternativa para se alcançar as inovações propostas pelo novo modo de atenção em saúde, o qual requer profissionais capazes de articular conhecimentos profissionais específicos com o de toda a rede de saberes envolvidos no sistema de saúde. Analisando a repercussão da interdisciplinaridade no âmbito da enfermagem, percebe-se que a busca desenfreada da identidade profissional da enfermeira psiquiátrica gerou dificuldades para a interlocução da enfermeira com os demais membros da equipe técnica de saúde mental. Conclui-se que a intensificação das parcerias entre universidade e serviço de saúde, a integração curricular de disciplinas de diferentes áreas e o uso de metodologias problematizadoras de ensino constituem estratégias fundamentais para a formação interdisciplinar da enfermeira psiquiátrica.
Realizou-se uma pesquisa exploratória de campo com objetivo de analisar as ações de saúde desenvolvidas pelo enfermeiro junto a usuários de álcool e outras drogas, evidenciando os limites e possibilidades desta atuação nos serviços de atenção extra-hospitalares. Os dados obtidos por meio de entrevista com 30 enfermeiros apontam lacunas neste tipo de atenção e necessidade de adesão dos enfermeiros à Política Nacional de Atenção ao Usuário de Álcool e outras Drogas. Constatou-se que, embora o programa não estivesse implantado nos municípios estudados, que os enfermeiros, mesmo sem realizarem capacitação para lidar com esta população específica, assumem por sua conta e risco o cuidado a esta clientela, confirmando sua liderança histórica em práticas educativas e promocionais em saúde.
Pesquisa documental de abordagem qualitativa e natureza exploratória que objetivou analisar programas das disciplinas de enfermagem psiquiátrica e saúde mental dos cursos de graduação em Enfermagem de universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro, à luz da Reforma Psiquiátrica. Constatou-se que dois cursos ofertam disciplinas que objetivam o desenvolvimento de competências com vistas a uma formação consoante ao processo de reforma na psiquiatria e no SUS, tais como o trabalho em equipe multiprofissional e a interdisciplinaridade. Um dos cursos, embora aponte indicações de promoção do desenvolvimento de aptidões para o cuidado em saúde mental, foca a deficiência mental e não a doença mental. Conclui-se que mudanças no ensino de enfermagem psiquiátrica e saúde mental no Estado do Rio de Janeiro estão ocorrendo.
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