Objetivo geral: Descrever a incidência e o perfil da população acometida por Acidente Vascular Encefálico internado na Unidade de terapia intensiva adulta (UTI) de um Hospital Público da cidade de São Paulo. Métodos: Pesquisa transversal, quantitativa, analítica e prospectiva. Coleta de dados realizada por meio de questionário, informações dos prontuários e completadas pelo paciente ou responsável. A mostra selecionada por conveniência, composta por 21 indivíduos internados na UTI com diagnóstico de AVE, entre os meses de Agosto a Outubro de 2021. Resultados: Internaram 261 pacientes, sendo 21 (8,17%) com diagnóstico de AVE; 14 (66,67%) com AVEI, sexo masculino (57,14%), 7 (33%) com AVEH, sexo feminino (57,14%), os dois foram prevalentes em pessoas com mais de 60 anos (76%), da raça branca (61%). 61% dos pacientes com acompanhamento prévio em saúde, prevalente no serviço público de saúde (85%). A maior procura do serviço de saúde prévia a internação foi o AVEI (64,28%). Entre os AVE, 18 tinham comorbidades (HAS 66,67%, tabagismo 42,46%, DM 33,33%, cardiopatia 19,05%) e 83% tratavam previamente. Sobre o conhecimento que as comorbidades podem acarretar o AVE, 52,38% sabiam sobre o assunto. AVEH com 85,71% de alta e AVEI 57,14% de óbito. A média de Internação foi: AVEI 24,64 dias e AVEH 14,14 dias. Conclusão: Esta pesquisa encontrou tendências de acordo com a literatura, evidenciando incidência de AVE do tipo isquêmico, suscetíveis em maiores de 60 anos de ambos os sexos, com uma ou mais DCNT e evidenciaram a importância da RAS no acesso à atenção em saúde.

A COVID-19 impôs aos sistemas de saúde desafios inimagináveis e com urgência na proposição de soluções nos processos de trabalho. Nesse contexto, encontrava-se a gestão dos Programas de Residência Multiprofissional e de Área Profissional. Os objetivos deste artigo foram descrever as iniciativas gerenciais da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, bem como listar as ações práticas desenvolvidas pelos Programas de Residência Multiprofissional e de Área Profissional no combate à COVID-19. Relato de experiência realizado durante os meses de março de 2020 a dezembro de 2021, a partir das iniciativas gerenciais  que envolveram a criação de documentos norteadores denominados de Orientações 1 à 9; a reorganização imediata de disciplinas teóricas do eixo transversal comum na plataforma de educação à distância  para garantir conteúdo teórico, enquanto as aulas presenciais foram suspensas; o estabelecimento de reuniões de colegiado virtuais e monitoramento/acompanhamento constante dos Programas; o mapeamento dos afastamentos de residentes, tutores e coordenadores; e a realização de inquérito dos Programas para identificação dos possíveis prejuízos pedagógicos em razão da adequação dos serviços e fluxos de atendimento para os casos de COVID-19. As ações assertivas contribuíram para que os programas não sofressem descontinuidade e mantivessem seus objetivos estruturantes e fundantes na promoção da qualificação profissional no e para o Sistema Único de Saúde.