A violência, nas suas mais diversas formas de expressão, é considerada um agravo ao desenvolvimento humano. A resiliência, também objeto de estudo da presente pesquisa, por sua vez, pode representar um fator protetivo, minimizando as consequências de situações adversas. O objetivo deste estudo foi analisar as relações entre violência escolar e resiliência em adolescentes. Para tal, foi empregado o método quantitativo. Uma amostra de 100 estudantes oriundos de duas escolas, uma pública e uma particular responderam à Escala de Resiliência e à Escala de Violência Escolar. Os dados foram analisados através do software estatístico JASP e realizou-se o test T Student para comparação de médias entre grupos, como também a correlação de Pearson. Os grupos foram divididos quanto às variáveis escola e sexo. Os adolescentes do sexo masculino se percebem de modo mais significativo como vítimas de violência exercida por outros alunos. Quanto à resiliência, os resultados não diferem entre os grupos masculino e feminino. A escola pública apresentou uma percepção de violência global maior que a escola particular, tendo também se destacado na percepção de autoria de violência e na de vitimização de alunos por funcionários. Não foi encontrada correlação significativa entre violência escolar e resiliência. Encontrou-se correlação positiva entre as subescalas de violência escolar. Apesar de os alunos da escola pública apresentarem uma percepção de violência maior que o outro grupo, o desenvolvimento e a manutenção de uma tendência à resiliência parecem não ter sido afetada, o que amplia as possibilidades de intervenções.
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