Em nosso texto procuramos chamar a atenção para o fato de que, na questão das fontes, o aspecto mais importante é o pesquisador que as considera. Essa consideração é produto da história, o que faz com que, em cada época e segundo a posição social e política do investigador, se conceba as fontes de modo particular. Assim, não existe um modo de tratá-las que esteja desvinculada da maneira como o pesquisador se coloca diante das questões do presente.
Resumo. Neste artigo analisamos a obra de Pero de Magalhães Gândavo no interior do que denominamos escritos coloniais. São textos escritos entre as últimas décadas do século XVI e as primeiras do XVII. A intenção de Gândavo, assim como a dos demais autores coloniais, é defender os interesses dos colonos. Com isso, contrariamos a historiografia em geral e a historiografia da literatura brasileira em particular, que os veem como autores identificados com os interesses metropolitanos.
RESUMO.Neste texto analisamos a questão do caráter ensaístico da historiografia brasileira da primeira metade do século XX. Examinamos esta questão em função do surgimento de uma nova tendência historiográfica relativa à colonização (Escola do Rio) que critica, dentre outros aspectos, o caráter ensaístico da historiografia. Considerando que a crítica expressa o modo como uma nova tendência rompe com a historiografia vigente, resolvemos examinar essa crítica para avaliar sua extensão. Para se promover a superação de determinada historiografia, é necessário compreendê-la em sua historicidade, isto é, as motivações que levaram historiadores a examinar a história de determinada maneira. Evidentemente, a crítica constitui um momento dessa superação. Mas, para haver uma ruptura radical, é necessária a compreensão histórica da historiografia criticada e não simplesmente a indicação de supostos equívocos, deficiências e falhas.Palavras-chave: historiografia brasileira, ensaio, colonização, escola do Rio. The question of the essays in brazilian historiography ABSTRACT.In this paper we analyze the question of character essayistic the historiography of the first half of the twentieth century. We examined this issue due to the emergence of a new trend on the historiographical colonization (School of Rio) who criticizes, among other things, the essay-like character in historiography. Whereas the criticism expressed how a new trend breaks with the existing historiography, we decided to examine this critical gauge. To promote the overcoming of a certain history is necessary to understand it in its historicity, that is, the motivations that led historians to examine the history of a given way. Of course, criticism is a moment of transcendence. But to be a radical departure is necessary to understand the historiography of historical criticism and not simply point their supposed mistakes, shortcomings and failures.Keywords: brazilian historiography, essay, colonization, school of Rio. IntroduçãoOs estudiosos da historiografia brasileira costumam chamar a atenção para o caráter ensaístico de grande parte da historiografia brasileira do século XX, especialmente a da sua primeira metade.É verdade que, ainda que se costume caracterizar essa produção como ensaio, não existe uma preocupação com a definição dessa característica ou mesmo o esclarecimento do que viria a ser um ensaio. De um modo geral, essa definição encontrase mais implícita do que explícita , podese assentar que o ensaio se caracteriza pelo ''alto exercício da razão' que -por isso mesmo que repele toda e qualquer 'autoridade' externa -busca, dentro da disciplina 'interior' da própria razão legisladora, tornar inteligíveis as coisas'; portanto, regem o ensaio 'três idéias básicas: a) o 'auto exercício das faculdades'; b) 'a liberdade pessoal'; c) 'o esforço constante pelo pensar original'".Atualmente, o destaque do caráter ensaístico da historiografia brasileira vem acompanhado, com certa frequência, pelo lamento de que, nas últimas décadas, os historiadores abandonaram ...
RESUMO. Em nosso texto, analisamos a relação entre Caio Prado e Fernando Novais no que diz respeito aos estudos acerca da colonização. Colocando-se como discípulo do primeiro, Novais expõe sua concepção de colonização como aprofundamento e superação do modo como o autor de Formação do Brasil contemporâneo entendia o fenômeno colonial. Essa maneira de colocar essa relação acabou sendo aceita tanto pelos partidários como pelos críticos de Novais, adquirindo foros de verdade. No entanto, para entroncar sua concepção de colonização na de Caio Prado, Novais concebeu-o de uma maneira particular, isto é, como um historiador do 'sentido da colonização'. Um exame da concepção de colonização de Caio Prado mostra, todavia, que ela é parte integrante da sua interpretação da história do Brasil em seu conjunto. Resulta disso que não podemos isolar uma da outra, sem prejuízo para o entendimento da obra de Caio Prado. Retomar a obra de Caio Prado em sua historicidade constitui, pois, o resultado de nosso texto.Palavras-chave: historiografia, colonização, economia colonial, economia nacional.A study about the relation between Caio Prado Júnior and Fernando A. Novais ABSTRACT. In this paper we propose to analyze the relationship established by Fernando Novais withCaio Prado regarding the studies about the colonization. Putting himself as his disciple, Novais exposes his conception of colonization as a deepening means and a way to overcome the way by which the author of Formação do Brasil contemporâneo understood the colonial phenomenon. This way of putting this relationship has been accepted by both the critics and supporters of Novais, thus acquiring certainty of truth. We show in this paper that by rooting his conception of colonization in Prado's conception, Novais conceived him in a particular way: as an historian of the 'sense of colonization'. The analysis of Prado's concept of colonization shows, however, that this is part of his interpretation of the history of Brazil, as a whole. It follows that we can't isolate one from the other without disturbing the comprehension of Prado's conception. The result of our text is thus retaking the Prado's conception in its historicity.
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