O presente artigo consiste em uma análise da vulnerabilidade da cidade do Recife quando está submetida à ação de eventos climáticos pluviais extremos relacionados a níveis de precipitações considerados acima da normalidade para o ritmo climático da cidade. Estes eventos de chuva de alta magnitude têm provocado graves problemas ambientais e socioeconômicos que se manifestam por meio de alagamentos, enchentes e deslizamentos em encostas que, por conseguinte, são causadores de perdas materiais e, eventualmente, humanas. A partir de um levantamento de dados de gabinete foram obtidas informações junto a agências de monitoramento meteorológico, por meio de imagens de satélites, mapas temáticos de normais climatológicas e boletins técnicos. Tais informações auxiliaram na realização de um exame detalhado do ritmo e da variabilidade climática da cidade do Recife, para compreender quais são os sistemas atmosféricos causadores de eventos extremos e as respostas na paisagem destes eventos. Os resultados obtidos por meio deste estudo mostraram que a ocorrência de chuvas mais acentuadas é suficiente para o desencadeamento de riscos geomorfológicos, que por sua vez desenvolvem perigo e evidenciam a vulnerabilidade para a paisagem urbana e para população. Os eventos que ocorreram entre janeiro e maio de 2016 foram os responsáveis por precipitações acima da média. Dessa maneira, alagamentos, enchentes, inundações e movimentos de massa figuraram como respostas ambientais a estes inputs significativos de energia e matéria na área estudada, tais respostas protagonizaram grandes transtornos econômicos, inclusive, perca de vidas humanas.
No abstract
O campo de dunas de Petrolina localiza-se na região do Submédio São Francisco em Pernambuco. Ele representa um importante patrimônio geomorfológico e paleoclimático, uma vez que indica a ocorrência de remobilização de sedimento por meio da ação eólica em períodos mais secos durante o Quaternário. Tais oscilações climáticas ocorreram durante o Pleistoceno e Holoceno, tendo estreita relação com o Último Máximo Glacial. A área investigada vem sendo ocupada por vários empreendimentos que ameaçam a estabilidade natural da paisagem. Diante desta realidade, foi desenvolvido um estudo que teve como ponto de partida um trabalho de campo, onde se procedeu a coleta de dados na área. Estes foram processados em laboratório e serviram como subsídio para avaliar o grau de estabilidade da paisagem, com base na Classificação Ecodinâmica de Tricart (1977). A partir desta proposta metodológica foi possível concluir que a paisagem do campo de dunas apresenta diferentes meios morfodinâmicos: Estável, Intergrade e Fortemente Instável, conforme será apresentado no corpo da pesquisa. Estes meios variam conforme o maior ou menor grau de intervenção humana e na manutenção da cobertura vegetal natural, que pode impedir ou impulsionar os processos pedogenéticos ou morfogenéticos, configurando a existência de diferentes arranjos espaciais.
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