Os princípios FAIR, um acrônimo para Findable, Accessible, Interoperable e Reusable, estão presentes nas discussões e práticas contemporâneas da ciência de dados, desde o início de 2014, e tiveram sua aplicação consolidada em 2017, quando a Comissão Europeia passou a exigir a adoção de plano de gestão de dados, com base nesses princípios, por projetos financiados por seus recursos. Desde então, tais princípios passaram a ser norteadores da descoberta, do acesso, da interoperabilidade, do compartilhamento e da reutilização dos dados de pesquisa. No entanto, quando colocados em prática levantam dúvidas e imprecisões, gerando diferentes interpretações, o que dificulta sua aplicação. Por essa razão buscou-se elucidar seu entendimento, utilizando-se de conceitos esclarecedores, apresentando métricas específicas que medem o nível de FAIRnessdos objetos digitais; disseminando a proposta do ecossistema dos dados FAIR e as tecnologias Data FAIRPort e FAIR Data Point. Apresentamos, ainda, estudos realizados na Europa que comprovam o impacto e o potencial desses princípios, em diferentes áreas disciplinares, dando destaque às necessidades e aos exemplos de aplicação. A abordagem metodológica desta pesquisa é de natureza bibliográfica e de caráter qualitativo dando ênfase na descrição conceitual dos elementos necessários para a compreensão do ecossistema FAIR, o que permitiu, neste estudo, trabalhar a fundamentação teórica e conceitual, bem como o uso das práticas do FAIR em diferentes contextos e dimensões. As considerações finais corroboram as mudanças culturais e tecnológicas que vêm ocorrendo, no mundo informacional, relacionadas às novas práticas de gestão de dados e às interações e parcerias necessárias para a sua complexaimplementação.
Resumo: Este artigo tem o objetivo de apresentar os princípios FAIR e a iniciativa Global Open FAIR que busca disseminar esses princípios em todos os países interessados na aplicação dos dados FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, Reusable) em seus serviços de informação. Propõe ainda a divulgação e capacitação de instituições de ensino e pesquisa nesses princípios, com o intuito de promover a normalização no tratamento da gestão dos dados garantindo a interoperabilidade entre eles. Como procedimento metodológico, utiliza a revisão bibliográfica e documental para o embasamento teórico sobre ciência aberta, acesso aberto à informação científica e aos dados de pesquisa, visando fundamentar os princípios FAIR em aplicações e serviços de gestão de dados de pesquisa. Ressalta a importância desse tipo de iniciativa para a expansão mundial de abertura dos dados de pesquisa no âmbito da ciência aberta. Ao final, aponta para a necessidade de uma mudança nos processos de pesquisa em ciência e tecnologia na direção da adoção desses princípios.Palavras-chave: Ciência aberta. Dados abertos. Gestão de dados. Princípios FAIR. GO FAIR. IntroduçãoVivenciamos um cenário de mudança de paradigma no mundo científico, onde as práticas de produção, acesso e disseminação do conhecimento estão em franca revisão. Percebe-se que nunca existiram tantos pesquisadores produzindo ciência no mundo como nos últimos anos. Markram (2017) relata em TEDxBrussels que, anualmente, cerca de 8 milhões de pesquisadores em todo o GO FAIR e os princípios FAIR: o que representam para a expansão dos dados de pesquisa no âmbito da Ciência Aberta mundo gastam mais de 2,3 trilhões de dólares com pesquisas realizadas. O resultado deste investimento gera, por ano, aproximadamente dois milhões de artigos científicos. No entanto, apenas 10% deles são abertos, ou seja, de acesso livre. É mais frustrante ainda se pensarmos que a maior parte dessas pesquisas foi financiada com verbas públicas e que dificilmente teremos acesso ao seu resultado. Portanto, algumas ações precisavam ser conduzidas para mudar esse cenário e é neste sentido que o acesso aberto às publicações científicas e, mais recentemente, a ciência aberta se consolidaram como novas modalidades do fazer científico. A adoção de diferentes dinâmicas, voltadas para o trabalho colaborativo, que visam os interesses sociais e coletivos, além do compartilhamento e reutilização dos dados e da informação, são premissas que fazem parte desta nova maneira de conduzir a ciência.Além disso, pode-se afirmar que a ciência aberta expressa um novo modelo do processo da produção e comunicação do conhecimento refletida nas relações entre ciência, tecnologia, informação e inovação. Descreve, acima de tudo, um movimento em curso, um processo e um status de acesso às práticas de pesquisa e de produção de conhecimento. Nesse novo cenário o cidadão é livre para usar, reutilizar e distribuir abertamente a informação assim como os dados científicos, sem restrições tecnológicas e sociais, em um ciclo de pesquisa transparente e ...
Bases de dados são fundamentais para o processo de análise de C&T em suas relações com o desenvolvimento socioeconômico e com a esfera política mais ampla. Isto implica necessariamente a discussão da questão da qualidade das informações que subsidiam tal análise. Este artigo discute o papel das bases de dados na gestão de C&T para produção de indicadores, mostrando um breve diagnóstico de bases produzidas no Brasil.
Na atualidade, a conexão entre as instituições de memória e seus usuários passa necessariamente pelo acesso à internet, o que representa a evolução dessas instituições no que tange à inovação na oferta de serviços a seus usuários. Este ensaio verifica a presença e a disponibilização de serviços de informação no ambiente web para bibliotecas, museus e arquivos, dialogando com a revisão de literatura sobre tecnologias e formalismos para representação da informação. Apoia-se na interoperabilidade entre as informações disponíveis para viabilizar a melhoria dos serviços, bem como para agregar valor e dar maior visibilidade às instituições. Propõe representar conexões entre as informações disponibilizadas por essas instituições, usando formalismos e vocabulários específicos da web semântica. Esta narrativa é fruto da discussão desenvolvida na disciplina “Bibliotecas na web, dados ligados e web semântica”, no âmbito do mestrado profissional em Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, no primeiro semestre de 2016.Palavras-chave: Biblioteca Museu. Arquivo. Representação da informação. Web semântica. Dados ligados.Link: http://memoriaeinformacao.casaruibarbosa.gov.br/index.php/fcrb/article/view/17/17
O uso de softwares para gestão de documentos remonta ao princípio dos anos 1990 e apesar da presença em diversas empresas, sua adoção pelas instituições que trabalham com ensino e pesquisa ainda carece de debate. O conteúdo informacional produzido nestas instituições está mais próximo dos repositórios institucionais do que de soluções para ECM e GED. Esta investigação aborda os conceitos envolvidos no processo de gestão documental e sua compatibilização com soluções de ECM e GED, bem como ferramentas para estruturação de repositórios institucionais, em especial nas funcionalidades de captura, gestão, armazenamento, entrega e preservação, incluindo aspectos de certificação digital. Por meio de análise bibliográfica, foi elaborado um estudo exploratório para identificar as características e requisitos. São analisados os reflexos dos conceitos de gestão documental em quatro softwares de código aberto, sendo dois para ECM e dois para a montagem de repositórios institucionais. Foi desenvolvida uma análise destas características, buscando a convergência dos requisitos identificados para auxiliar na proposição de projetos de melhoria, bem como na possibilidade de integração dessas ferramentas ao cenário da gestão documental tanto para a documentação do cotidiano das instituições de ensino e pesquisa quanto para documentos originados em atividade puramente pautada no processo de pesquisa em Ciência e Tecnologia.Palavras-chave: Enterprise Content Management (ECM). Gestão Eletrônica de Documentos (GED). Repositórios. Gestão de Documentos. Requisitos.Link: http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/pbcib/author/submit/3?articleId=42942
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