O presente trabalho apresenta reflexões acerca da questão mobilizadora desse periódico, qual seja: “como é possível encontrar ou construir fundamentos para justificar a Educação Física no currículo escolar [do ensino médio] hoje?”. Para tanto, apresentamos uma discussão sobre os principais aspectos do “Novo” Ensino Médio, dando ênfase às concepções de conhecimento, de currículo, de juventudes e à ruptura da articulação entre as dimensões de formação humana (Ciência, Cultura, Trabalho e Tecnologia) previstos na legislação anterior. Em seguida, retomamos o debate acerca da legitimidade da Educação Física na escola, tomando como referência, entre outras produções, as Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio escritas em 2006. Por fim, pretendemos apresentar estratégias de enfrentamento do atual contexto, bem como refletir sobre a possibilidade de construirmos outras formas de legitimação da presença e permanência da Educação Física no Ensino Médio.
Este trabalho é uma síntese de Tese de Doutorado, defendida junto a Faculdade de Educação da UFMG em 2011, e aborda a experiência formativa dos deslocamentos urbanos de trabalhadores pela Região Metropolitana de Belo Horizonte. Como pressuposto fundamental deste estudo defende-se a idéia de que os deslocamentos urbanos não são apenas um hiato ou um simples ato funcional, mas constituem processos de subjetivação e experiência das pessoas que se deslocam pela cidade. Neste sentido, tomo como conceitos fundamentais para a realização da investigação as idéias propostas por Walter Benjamin de Experiência (Erfahrüng) e Vivência (Erlebnis) para compreender a construção de sensibilidades nas tramas da cidade. Conceito de Experiência que, por sua vez, mantém vínculo indissociável com as narrativas produzidas pelos sujeitos pesquisados. O material empírico constituiu-se de três tipos diferentes de fontes. A primeira delas trata-se da observação participante dos deslocamentos de quatro trabalhadores residentes na cidade de Belo Horizonte (mais particularmente na região do Barreiro), com ênfase no ato de caminhar e nos usos cotidianos do transporte coletivo. O segundo conjunto de fontes de análise tratou de dois suportes letrados presentes nos ônibus que circulam pela cidade de Belo Horizonte: o “Jornal do Ônibus” e os “Quadros de Horários”, entendidos neste estudo como portadores de representações acerca de como os usuários de ônibus se apropriam da cidade. A terceira parte do material empírico foi composta de entrevistas semi-estruturadas, nas quais se buscou elementos da história de vida dos sujeitos, suas relações com a cidade de Belo Horizonte ao longo dos tempos e suas percepções acerca do cotidiano do deslocar-se pela cidade. De posse destas fontes, a experiência do deslocar-se pela cidade foi analisada a partir dos seguintes eixos: as relações que sujeitos estabelecem com os múltiplos tempos da cidade; os usos e percepções do espaço do ônibus; as relações que os sujeitos estabelecem com os estranhos que se apresentam nas viagens; o lugar do corpo e das sensibilidades nos deslocamentos. As experiências dos trabalhadores pesquisados suscitaram um conjunto de pautas de reflexão e ação. Entre elas, destaco a necessidade de se tratar a temática da velocidade como questão pública junto aos processos sociais; o questionamento dos critérios de funcionalidade que orientam o provimento do transporte público em Belo Horizonte; e principalmente, uma necessária abertura para a dimensão estética dos deslocamentos urbanos, condição fundamental para a construção de uma cultura pública de encontros que materialize o Direito à Cidade aos seus habitantes.
Este trabalho relata uma experiência de formação que ocorre na proposta de estágio curricular supervisionado, parte fundamental da formação inicial de professores/licenciandos de Educação Física, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nas 585 horas destinadas às experiências de prática docente na escola de estágio, desafiamos os estudantes a produzir diferentes tipos de registros reflexivos das experiências vividas neste percurso formativo a partir de distintos tipos de linguagens, a saber: a linguagem escrita acadêmica formal; a produção de textos autobiográficos (chamados de “pipocas pedagógicas”); a linguagem fotográfica, por meio de narrativas visuais; e, por fim, a linguagem audiovisual, por meio da elaboração de pequenos vídeos.
O presente estudo teve como objetivo analisar as possíveis influências das redes sociais sobre as compreensões dos estudantes da educação básica a respeito dos elementos da cultura corporal. Participaram da pesquisa cento e vinte e oito alunos do ensino fundamental II, de uma escola pública estadual da cidade de Feira de Santana. Verificamos neste estudo a presença de um modelo de voleibol que foi instituído antes mesmo do tratamento pedagógico do voleibol na escola, o voleibol midiático, de alto rendimento. Conclui-se que, através da abordagem mídia-educativa, é possível propor resistência às construções fragmentadas propostas pelas mídias, particularmente pelas redes sociais virtuais, a respeito dos elementos da Educação Física.Palavras-chave: Mídia-Educação. Educação Física Escolar. Redes Sociais Virtuais.Body culture: influences of virtual social networks about the students understandingAbstractThis study aimed to analyze the possible influences of social networks about the Basic Education students understanding regarding the elements of body culture. One hundred twenty-eight elementary school students from a state public school in the city of Feira de Santana participated in the research. In this study, we verified the presence of a volleyball model that was instituted even before the pedagogical treatment of volleyball at school, high-performance media volleyball. It was concluded that, through the media-educational approach, it is possible to propose resistance to the fragmented constructions proposed by the media, particularly through virtual social networks, regarding the elements of Physical Education.Keywords: Media-Education. School Physical Education. Virtual Social Networks.Cultura corporal: influencias de las redes sociales virtuales en la comprensión de los estudiantesResumenEste estudio tuvo como objetivo analizar las posibles influencias de las redes sociales en la comprensión de los estudiantes de Educación Básica con respecto a los elementos de la cultura corporal. Ciento veintiocho estudiantes de primaria de una escuela pública estatal en la ciudad de Feira de Santana participaron en la investigación. En este estudio, verificamos la presencia de un modelo de voleibol que se instituyó incluso antes del tratamiento pedagógico del voleibol en la escuela, voleibol mediático de alto rendimiento. Concluimos que, a través del enfoque mediático-educativo, es posible proponer resistencia a las construcciones fragmentadas propuestas por los medios, particularmente a través de redes sociales virtuales, con respecto a los elementos de la Educación Física.Palabras clave: Média-Educación. Educación Física Escolar. Redes Sociales Virtuales.
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